O Ibovespa opera em alta hoje (10), com avanço de 0,14%, a 123.190 pontos, por volta das 10h11 no horário de Brasília. O mercado acompanha os dados sobre a inflação no Brasil, medida pelo IPCA, e a ata da reunião do Copom da última semana, enquanto as tensões políticas crescem no Congresso. No contexto internacional, os investidores globais acompanham com cautela a propagação da variante Delta da Covid-19, enquanto aguardam decisões importantes quanto ao pacote de infraestrutura nos Estados Unidos.
Nesta manhã, os balanços corporativos da Itaúsa, da Minerva, da Petz e da Even também movimentaram o mercado após temporada de lucros.
O Banco Central divulgou a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta manhã, e indicou que apertos seguidos e sem interrupção nos juros básicos são necessários para levar a taxa Selic para patamar acima do neutro, levando assim as projeções de inflação para dentro da meta. Na semana passada, o BC subiu a dose do aperto monetário ao adotar uma alta de 1 ponto percentual na Selic, a 5,25% ao ano, e já indicou outro aumento de igual magnitude na próxima reunião do colegiado, em setembro.
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O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), importante indicador para a inflação, subiu 0,96% em julho, após alta de 0,53% no mês anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) hoje (10). No acumulado de 12 meses até julho, o IPCA teve alta de 8,99%, contra alta de 8,35% do mês anterior.
Segundo pesquisa da Reuters, a expectativa de analistas era de alta de 0,94% em julho, e de 8,98% no acumulado de 12 meses. Étore Sachez, economista-chefe da Ativa Investimentos, explicou que, preliminarmente, “não observa nenhuma mudança estrutural que promoverá grandes modificações no valor de 6,8% para esse ano”.
No meio político, a reforma do Imposto de Renda e a PEC dos Precatórios seguem na agenda do Congresso nesta terça-feira, em momento politicamente conturbado.
O dólar opera em estabilidade frente ao real, com os participantes do mercado monitorando com cautela as perspectivas fiscais domésticas. Às 10h11, a moeda era negociada em leve alta de 0,01%, a R$ 5,2478.
Os índices futuros dos EUA caminham para uma abertura em estabilidade, enquanto o mercado avalia a disseminação da variante Delta da Covid-19. Os investidores norte-americanos ainda aguardam dados importantes da inflação no país para esta semana.
Além disso, o Senado norte-americano chegou a um acordo para realizar a votação final do pacote de infraestrutura de US$ 500 bilhões hoje, às 11h. Paula Zogbi, analista de investimentos da Rico, avalia que a expectativa permanece positiva para a aprovação do projeto na Casa, “no entanto, o cenário é mais complexo na Câmara, onde parlamentares da ala mais à esquerda do partido democrata pedem sinais de que o Plano das Famílias Americanas avançaria também”.
As Bolsas europeias operam majoritariamente no azul, com investidores buscando superar uma abordagem mais cautelosa, enquanto preocupações com o impacto da Covid no crescimento global continuaram a pesar no sentimento do mercado. O Stoxx 600 sobe 0,25%; na Alemanha, o DAX avança 0,14%; o CAC 40 valoriza 0,02% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,24%; enquanto no Reino Unido, o FTSE 100 recua 0,10%.
Os mercados asiáticos avançaram no fechamento desta terça-feira, apesar de um aumento do ressurgimento da Covid-19 na China estar sendo monitorado, conforme o país relatou mais infecções esta semana e as cidades começaram a fazer testes em massa. O Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,23%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em alta de 0,28%; e no Japão, o índice Nikkei valorizou 0,24%; e na China, o índice Shanghai, avançou 1,01%.
Os contratos futuros do minério de ferro em Dalian recuaram pela quinta sessão consecutiva nesta terça-feira, atingindo uma mínima de mais de quatro meses, à medida que preocupações com o enfraquecimento da demanda chinesa mantém a matéria-prima siderúrgica sob pressão. O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em janeiro de 2022, fechou em queda de 1,3%, a 853 iuanes (US$ 131,64) por tonelada.
Os preços do petróleo operam em alta, apesar das preocupações de que o aumento de casos de Covid-19 e restrições na China, o maior importador mundial de petróleo bruto, afetarão o combustível. Por volta das 9h55, os futuros do petróleo Brent subiam 0,98%, a US$ 69,72 por barril, enquanto os futuros do WTI avançavam 1,16%, a US$ 67,25 o barril. (com Reuters)
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