A economia dos Estados Unidos cresceu um pouco mais rápido do que o calculado inicialmente no segundo trimestre, elevando o nível do PIB (Produto Interno Bruto) acima do seu pico pré-pandemia, com enormes estímulos fiscais e vacinações contra a Covid-19 impulsionando os gastos.
A economia cresceu 6,6% em taxa anualizada, informou o Departamento de Comércio hoje (26) em sua segunda estimativa de crescimento do PIB para o trimestre de abril a junho. O índice foi revisado para cima em relação ao ritmo de expansão de 6,5% divulgado em julho.
Economistas consultados pela Reuters esperavam um crescimento de 6,7% no segundo trimestre. A economia cresceu a uma taxa de 6,3% no primeiro trimestre, recuperando as perdas acentuadas sofridas durante os dois meses de recessão da pandemia.
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As revisões para cima do crescimento do PIB do último trimestre refletiram um ritmo de gastos do consumidor muito mais robusto do que o inicialmente estimado. O governo desembolsou cheques de estímulo a algumas famílias norte-americanas de média e baixa renda durante o trimestre.
O Federal Reserve manteve sua postura de política monetária ultraflexível, mantendo a taxa de juros em níveis historicamente baixos e impulsionando os preços do mercado de ações.
Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da economia dos EUA, também aumentaram com a vacinação, que alimentou a demanda por serviços como viagens aéreas, hospedagem em hotéis, restaurantes e entretenimento.
Mas a força parece ter perdido impulso no início do terceiro trimestre em meio a um ressurgimento de novas infecções por Covid-19 causadas pela variante Delta.
Mercado de trabalho
Relatório separado do Departamento do Trabalho, também divulgado nesta quinta-feira, mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram 4 mil, para um número com ajuste sazonal de 353 mil na semana encerrada em 21 de agosto. Economistas consultados pela Reuters previam 350 mil novos pedidos para a última semana.
Pelo menos 25 Estados liderados por governadores republicanos retiraram os programas de auxílio a desempregados financiado pelo governo federal, incluindo um benefício de US$ 300 semanais, que as empresas afirmam estar incentivando os norte-americanos desempregados a permanecer em casa.
Não há, entretanto, evidências de que a retirada antecipada dos benefícios tenha levado a um aumento nas contratações nesses Estados. Os auxílios governamentais expirarão em 6 de setembro.
“Os dados do mercado de trabalho e outros indicadores não mostram nenhum efeito claro até agora”, disse Peter McCrory, economista do JPMorgan em Nova York. “O choque negativo da demanda decorrente dessa perda de receita pode levar à perda de empregos.” (com Reuters)
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