O banco central da China prometeu proteger os consumidores expostos ao mercado imobiliário hoje (27) e injetou mais dinheiro no sistema bancário, o sinal mais claro até agora de que as autoridades podem tomar medidas para conter os riscos representados pela incorporadora chinesa Evergrande.
Antes referência de uma era de empréstimos e construções na China, a Evergrande agora se tornou a fachada da crise das dívidas de incorporadoras, que deixou os investidores preocupados com sua exposição.
O Banco do Povo da China não fez menção à Evergrande no comunicado publicado em seu site, que continha apenas uma linha sobre habitação e promessas de tornar sua política monetária flexível, direcionada e adequada.
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Mas, em um momento delicado para a incorporadora mais endividada do mundo, sua promessa de “proteger os direitos legítimos dos consumidores de habitação” sugere o tipo de resposta que os mercados já começavam a esperar.
A declaração do banco central foi emitida após a reunião do Comitê de Política Monetária do terceiro trimestre. Seus comentários sobre habitação vieram em linha com comentários da liderança da Evergrande que apontam para os esforços de contenção e priorização de pequenos investidores em relação aos detentores estrangeiros de dívidas da Evergrande.
“Esperamos que qualquer impacto no sistema bancário seja administrável e que o governo se concentre nas consequências sociais de unidades habitacionais inacabadas”, disse Sheldon Chan, que administra a estratégia de títulos de crédito da T. Rowe Price na Ásia.
“O evento potencial de crédito da Evergrande, em nossa opinião, é parte de um teste de ‘sobrevivência do mais apto’ no setor imobiliário da China”, disse Linan Liu, estrategista do Deutsche Bank, em nota a clientes.
“Permitir saídas ordenadas de participantes mais fracos no setor imobiliário, embora doloroso, é necessário para melhorar as condições gerais de alavancagem no setor e trazer um pouso suave.” (com Reuters)
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