O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada para uma mínima em quase 18 meses, oferecendo mais evidências de que o crescimento do emprego está sendo prejudicado pela escassez de mão de obra e não pela menor demanda por trabalhadores.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 35 mil, para um número com ajuste sazonal de 310 mil na semana encerrada em 4 de setembro, informou hoje (9) o Departamento do Trabalho
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Esse foi o patamar mais baixo desde meados de março de 2020, quando os serviços não essenciais tiveram de ser fechados para conter a primeira onda de casos de Covid-19. Economistas consultados pela Reuters previam 335 mil novos pedidos para a última semana.
As solicitações caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020, mas permanecem acima da faixa de 200 mil a 250 mil considerada condizente com um mercado de trabalho saudável.
“Com os casos da (variante) Delta parecendo estar perto de atingir um pico nos Estados Unidos, esperamos que as contratações se recuperem em setembro, embora o ritmo de crescimento do emprego não deva retornar ao ritmo robusto do início do verão (do Hemisfério Norte)”, disse Sarah House, economista sênior do Wells Fargo em Charlotte, Carolina do Norte.
Dados do governo ontem (8) mostraram que as vagas de emprego em aberto nos EUA aumentaram a um recorde de 10,9 milhões em julho.
Cerca de 8,4 milhões de pessoas estão oficialmente desempregadas. Esse desequilíbrio do mercado de trabalho foi atribuído à falta de creches acessíveis, temores de contrair o coronavírus, benefícios generosos a desempregados financiados pelo governo federal, bem como aposentadorias relacionadas à pandemia e mudanças de carreira.
Há um otimismo cauteloso de que a escassez de mão de obra diminuirá a partir de setembro, após o término dos auxílios-desemprego financiados pelo governo, que acontece na próxima segunda-feira.
“As evidências de Estados que encerraram os programas de benefícios antecipadamente sugerem que pode não haver um retorno substancial e repentino ao trabalho, à medida que os benefícios a desempregados terminam”, disse Veronica Clark, economista do Citigroup em Nova York. (Com Reuters)
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