BB Seguridade reportou nesta segunda-feira lucro líquido ajustado de 975,8 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 11% ante mesmo período de 2020, afetada por marcações a mercado negativas da Brasilprev e pelo aumento de 5 pontos percentuais na alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para seguradoras.
Segundo o braço de seguro e previdência do Banco do Brasil, o resultado trimestral foi impactado negativamente por um “descasamento temporal” na atualização de ativos e passivos vinculados ao IGP-M na Brasilprev.
“Em bases normalizadas, segregando esse efeito que é nulo para o resultado ao longo do tempo, o lucro líquido ajustado cresceria 7,1%”, disse a BB Seguridade, acrescentando que sem o aumento da CSLL o lucro líquido ajustado teria avançado 10,2% na comparação anual.
O resultado financeiro consolidado da BB Seguridade para o período recuou 85,9% no ano a ano, diante da marcação a mercado negativa gerada pela abertura da estrutura a termo de taxa de juros nominal e real, disse a empresa.
A BB Seguridade ainda reportou um impacto negativo de 16,2 milhões de reais advindo da Brasilseg, afetada por uma maior sinistalidade nos produtos com cobertura de morte e rurais e pelo aumento na CSLL.
“Por outro lado, o segmento de distribuição, notadamente a BB Corretora, manteve a dinâmica de crescimento (+32,6 milhões de reais), com maiores receitas de corretagem, suportadas pelo bom desempenho comercial em seguros e previdência”, afirmou a empresa em comunicado.
A BB Seguridade ainda revelou ter revisado seu “guidance“ para as reservas de previdência (PGBL e VGBL) da Brasilprev em 2021, passando a projetar um aumento de 0% a 2% no ano completo. Antes, a empresa via um crescimento de 4% a 7%.
“Apesar do volume de contribuições recorde até o mês de setembro, os resgates (na Brasilprev) foram acima do esperado”, disse a BB Seguridade, mencionando entre os principais motivos a morte de titulares em decorrência da Covid-19.