Agora que líderes nacionais deixaram a conferência do clima da ONU (Organização das Nações Unidas) na Escócia, a atenção se voltou hoje (3) aos Tesouros dos países e aos empresários e financiadores responsáveis pela concretização das promessas de corte de emissões e construção de infraestrutura.
Um dos principais objetivos das conversas da COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021) é garantir promessas nacionais suficientes para cortar as emissões de gases de efeito estufa, a maior parte delas resultante da queima de combustíveis fósseis, para evitar os piores desastres climáticos limitando o aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius.
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No entanto, como exatamente cumprir estas promessas, particularmente no mundo em desenvolvimento, ainda está sendo trabalhado. Acima de tudo, o esforço exigirá muito dinheiro.
Uma das questões mais complicadas é quem deveria pagar e como os fundos podem ser canalizados através do sistema financeiro rápida e eficientemente. Uma grande meta será atrair mais financiamento privado.
Os temas são tão importantes que os organizadores separaram toda o dia de hoje (3) para que executivos e líderes de finanças públicas as debatam.
A Aliança Financeira de Emissões Zero de Glasgow, um grupo que inclui todos os grandes bancos ocidentais, assim como seguradoras e administradores de ativos, anunciou que empresas responsáveis pela administração de US$ 130 trilhões de capital, o equivalente a 40% dos ativos financeiros do mundo, comprometeram-se a assumir uma “parcela justa” da descarbonização.
Mark Carney, enviado da ONU para o clima que montou a aliança, disse que ela precisa encontrar maneiras criativas para canalizar dinheiro privado especificamente para investimentos que fomentem a iniciativa apoiada pela ONU para “zerar” as emissões de gases de efeito estufa até 2050.
“O dinheiro existe, mas este dinheiro precisa ser alinhado a projetos para zerar emissões, e (depois) existe uma maneira de transformar isto em um círculo virtuosos muito, muito poderoso, e este é o desafio”, disse ele à cúpula.
Ele disse que se estima que US$ 100 trilhões de investimento serão necessários ao longo das próximas três décadas.
“Precisamos de recursos financeiros mistos que não mobilizam frações de capital privado para o dólar público, mas múltiplos… em dígitos duplos”, acrescentou.
Mas as chances de se mobilizar este volume de dinheiro provavelmente declinarão se países individuais não forem capazes de ampliar coletivamente em Glasgow suas metas de redução de emissões. (Com Reuters)