O Ibovespa opera em leve alta de 0,05% na abertura do pregão de hoje (12), a 103.824 pontos perto das 10h05, horário de Brasília. No cenário interno e externo, as atenções estão voltadas para os dados de inflação ao consumidor dos EUA (CPI), que serão divulgados nesta quarta.
O dólar subia 0,34% contra o real por volta das 10h05, com todas as expectativas girando em torno do resultado da inflação nos EUA, que pode reforçar apostas em aumentos antecipados de juros. A moeda era negociada a R$ 5,5988.
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Após a divulgação do IPCA ontem (11), que registrou alta de 10,06% no ano de 2021, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em carta aberta que o movimento de alta nos preços foi um fenômeno global que atingiu a maioria dos países avançados e emergentes, ressaltando que a autoridade monetária tem “tomado as devidas providências” para que as metas sejam atingidas.
No documento, Campos Neto disse que o resultado foi motivado por forte elevação nos preços de bens, cobrança de tarifa adicional de energia elétrica e desequilíbrios entre oferta e demanda causados por gargalos nas cadeias produtivas.
De acordo com o presidente do BC, o dólar encerrou 2021 em patamar 9,83% acima do observado no fim de 2020, impactado por ruídos fiscais.
“Acreditamos que a inflação deve perder força ao longo deste ano, atingindo 5,2% em dezembro – o que não significa que os preços devem cair, mas sim, passar a subir mais lentamente”, avaliou Antônio Sanches, especialista em investimentos da Rico, após divulgação da carta.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, os investimentos seguem atentos aos dados de inflação ao consumidor (CPI) que serão divulgados hoje.
Ontem, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, indicou que a remoção mais intensa de estímulos à economia pode demorar mais que o mercado previa, o que acalmou os ânimos das bolsas mundiais. Ele também destacou que a alta dos juros deve ser uma situação passageira.
Na Ásia, as ações da China fecharam em alta apesar das expectativas de aumentos de juros mais rápidos nos Estados Unidos e surtos domésticos de Covid-19.
Os preços nos portões das fábricas da China subiram mais lentamente do que o esperado em dezembro depois de medidas do governo para conter a alta das matérias-primas, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira. O resultado deixa espaço para o afrouxamento da política monetária chinesa.
O índice de preços ao produtor avançou 10,3% em dezembro sobre o ano anterior, mostraram os dados da Agência Nacional de Estatísticas. Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam avanço de 11,1%, após alta do índice de 12,9% em novembro.
A inflação ao produtor se moderou nos últimos meses em relação à máxima de 26 anos vista em outubro depois que Pequim agiu para estabilizar os preços altos das matérias-primas e aliviar a crise de energia.
Por lá, o Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 2,79%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,88%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,84%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 1,92%.
Na Europa, a produção industrial na zona do euro recuou em novembro na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou a agência de estatísticas da União Europeia, devido principalmente à forte queda em bens de capital.
A Eurostat disse que a produção industrial nos 19 países que usam o euro cresceu 2,3% em novembro sobre o mês anterior, mas ainda assim caiu 1,5% na base anual.
Por volta das 10h10, o Stoxx 600 ganhava 0,43%; na Alemanha, o DAX sobe 0,31%; o CAC 40 em alta de 0,45% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,03%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,60% no Reino Unido. (Com Reuters)