O tão falado metaverso ganhou presença nos games e entretenimento. O grande desafio agora é conectar funções práticas. Para o varejo, a discussão sobre o uso de plataformas e ambientes virtuais orientados a vendas se torna cada vez mais presente. De acordo com Eric Vieira, head de e-commerce do Grupo FCamara, consultoria de soluções tecnológicas e transformação digital, alguns segmentos demandam um alto nível de detalhamento onde a compra presencial é fundamental, como por exemplo, ter uma percepção visual de tamanho e textura do produto, nestes casos, as possibilidades do metaverso representam uma solução importante.
“O metaverso vai auxiliar justamente neste nível de detalhamento e experiência de compra, que hoje só conseguimos obter em loja física. Esta tecnologia é muito mais do que um jogo, website, aplicativo ou plataforma, trata-se de uma interface onde vivenciaremos uma nova realidade, com suas próprias regras e economia, podemos até compará-la com uma realidade aumentada (RA), porém, enquanto a RA conta com uma sobreposição de elementos à realidade física, a realidade virtual no metaverso é completamente independente e conta com headsets e controle de software”, explica Eric indicando cinco aplicações possíveis do metaverso no e-commerce.
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Roupas
“O cliente, com seu avatar, estará totalmente imerso na loja, andando entre as opções de roupas disponíveis, conversando e pedindo orientações aos funcionários da loja, escolhendo as peças e vestindo-as de maneira com que veja exatamente os detalhes cruciais para efetuar a compra, como por exemplo, avaliando o caimento da roupa em seu próprio avatar, se ficou um pouco apertado, se gostou da cor da peça no corpo e se a combinação com as outras peças lhe agradou.”
Móveis
“No metaveso o cliente conseguirá fazer testes ricos em detalhes, por exemplo, simular um ambiente do tamanho de sua cozinha, testar diferentes mesas, avaliar como os seus utensílios ficam dispostos nas mesas, além de poder sentar nas cadeiras e avaliar a qualidade e conforto de cada produto.”
Decoração
“O cliente poderá fazer combinações, por exemplo, no posicionamento de quadros, se irá combinar com a cortina e outros móveis do ambiente. Também conseguirá sentir a textura de tecidos e de outros produtos que possuem este atributo como seu principal diferencial. Tudo isso partindo de uma imersão muito próxima do real, como se ele realmente estivesse andando em sua casa e testando as variações de decoração. Uma experiência realista, rica em detalhes e que potencializa as chances de conversão.”
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Imóveis
“Ao invés de um tour virtual, como algumas imobiliárias proporcionam atualmente em seus sites, teremos uma simulação muito mais próxima do real, onde o cliente irá andar pelo imóvel e ter uma percepção mais assertiva sobre a distribuição do ambiente, relação dos móveis em conjunto com as pessoas que pretendem morar no local, tamanho de cada cômodo e tamanho do imóvel como um todo”.
Eletrodoméstico
“O cliente terá plena convicção de que a geladeira que escolheu caberá em sua cozinha ou se será necessário escolher uma menor. Também conseguirá avaliar qual dos modelos possui a melhor ergonomia para o seu uso no dia a dia e assim ser ainda mais assertivo em sua escolha.”