Líderes do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, comunicaram hoje (27) que aliados ocidentais decidiram cortar “certos bancos russos” do Swift, sistema mundial de comunicação interbancária.
A declaração conjunta dos Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e Canadá não especificou quais bancos russos foram afetados pela decisão – a lista final de instituições ainda está sendo elaborada. O texto acrescentou que uma força-tarefa transatlântica será criada em breve para coordenar as sanções contra a Rússia.
Em um comunicado divulgado pela Casa Branca, os países disseram que condenam “a escolha de [Vladimir] Putin pela guerra e os ataques à nação soberana e ao povo da Ucrânia”, acrescentando que vão “responsabilizar a Rússia e garantir coletivamente que esta guerra seja um fracasso estratégico para Putin”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o bloco está trabalhando para prejudicar a capacidade de Putin de financiar “sua máquina de guerra”, comprometendo-se a garantir que um certo número de bancos russos sejam removidos do Swift, entre outras sanções.
“Isso garantirá que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional e prejudiquem sua capacidade de operar globalmente“, afirmou von der Leyen. “Também vamos paralisar os ativos do banco central da Rússia. Isso congelará suas transações e impossibilitará que o banco central liquide ativos. Finalmente, trabalharemos para proibir os oligarcas russos de usar seus ativos financeiros em nossos mercados”, completou.
O Swift comunicou que vai implementar as novas medidas nos próximos dias.
Alguns países do bloco europeu estavam relutantes em adotar a medida devido a preocupações sobre como os pagamentos das importações de energia russa seriam feitos e se os credores da UE seriam pagos.
A Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication (Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais), ou Swift, foi criada em 1973 e está sediada na Bélgica e lida com solicitações e mensagens de pagamento entre 11.000 instituições financeiras em todo o mundo, entregando 42 milhões de mensagens por dia em 2021.
Atualmente a maioria das transações interbancárias internacionais, como ordens de pagamento e transferências bancárias, são realizadas através da rede. (Com Reuters)