O Ibovespa recuou 0,21%, fechando cotado a R$ 113.663 no pregão de hoje (10), após um dia movimentado para o setor de combustíveis. No cenário internacional, a guerra na Ucrânia não parece estar chegando ao fim e a Rússia continua sofrendo novas sanções.
A Petrobras (PETR3/PETR4) anunciou o aumento de 18,77% da gasolina e 24,93% do diesel nas refinarias. A tentativa da companhia é de diminuir o dano das fortes altas do preço do petróleo causadas por proibições internacionais impostas à Rússia. O movimento acompanha a política de paridade de preços da estatal.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
“Ainda vemos uma certa cautela nesse reajuste, dado o possível efeito colateral na inflação e possíveis retaliações, como alguma canetada por parte do governo, ou uma greve dos caminhoneiros, por exemplo, o que traria mais volatilidade num mercado já bem nervoso”, avalia Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, empresa de educação para investidores.
Entretanto, nesta tarde, o Senado aprovou duas novas medidas relacionadas ao setor. A primeira delas é a criação de uma conta de estabilização de preços para os combustíveis, enquanto a segunda está relacionada à alteração da cobrança do ICMS sobre a matéria-prima, além de possivelmente zerar o PIS/Cofins sobre diesel, GLP e biodiesel. Os projetos agora seguem para a Câmara dos Deputados.
As ações da Petrobras fecharam em alta de 3,50%, enquanto os papéis da PetroRio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) caíram 1,22% e 1,12% no pregão.
O petróleo recua no segundo dia seguido de negociações, fechando a US$ 109,04 (R$ 546,9). A expectativa de uma possível trégua na guerra no leste europeu afetou os preços da commodity.
Gerdau (GGBR4) e Qualicorp (QUAL3) são os destaques positivos do dia, com alta de 4,61% e 4,18%, respectivamente.
Em Wall Street, os principais índices fecharam em queda também de olho na situação da Ucrânia. O Dow Jones recuou 0,34% chegando a 33.174 pontos; o S&P 500 perdeu 0,43%, a 4.259 pontos; e o Nasdaq fechou em queda de 0,95% a 13.129 pontos.
Nos EUA, os preços ao consumidor saltaram 0,8% em fevereiro, registrando o maior aumento anual em 40 anos.
O dólar fechou em alta de 0,10% cotado a R$ 5,0160 em dia instável para os setores financeiros globais. (Com Reuters)