A guerra da Rússia na Ucrânia vai elevar os preços de energia e alimentos, mas as taxas de inflação ainda devem perder força no próximo ano, afirmou hoje (28) a principal assessora econômica do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Cecilia Rouse, presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, disse que o plano orçamentário de US$ 5,79 trilhões (R$ 27,73 trilhões) para o ano fiscal de 2023 divulgado hoje baseou-se em premissas fechadas em 10 de novembro, bem antes da invasão, mas que a economia está em geral mais forte do que se esperava então.
“Existe uma enorme incerteza, mas nós e outras especialistas externos esperamos que a inflação vai diminuir ao longo do próximo ano”, disse Rouse. A proposta de orçamento precisa agora ser avaliada e aprovada pelo Congresso, que está profundamente dividido.
Rouse disse que a Casa Branca vai revisar suas estimativas econômicas ainda neste ano, incorporando a guerra na Ucrânia e seu impacto na inflação.
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Conforme foi fechado em novembro de 2021, a proposta orçamentária prevê uma expansão real do Produto Interno Bruto dos EUA de 2,8% no ano fiscal de 2023, ante 4,2% no de 2022 e 5,5% no de 2021.
Em novembro, segundo Rouse, a Casa Branca assumiu que as pressões inflacionárias diminuiriam conforme a economia começasse a se normalizar diante do alívio nas pressões das cadeiras de oferta, redução do suporte fiscal para a economia e início de aumento de juros pelo Fed (Federal Reserve), o banco central norte-americano.
A invasão da Rússia “criaria pressões adicionais sobre os preços ao longo do próximo ano”, mas os fatores fundamentais que sustentam a economia devem continuar a melhorar.
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