As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) registravam forte queda de 5,76% por volta das 16h45, na contramão das principais petroleiras do mundo e da cotação do preço do petróleo.
A commodity se valorizou ainda mais hoje, depois que o governo dos EUA anunciou, ontem (6), que avalia um embargo total ao petróleo produzido por Moscou, o que reduziria significativamente a oferta.
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O avanço dos preços da commodity, que chegaram a US$ 130 dólares (R$ 661,05) o barril, aumentou a defasagem dos valores praticados pela Petrobras. A estatal ainda não repassou as recentes altas como prevê sua política de preços, que observa a paridade com o exterior.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que o governo federal prepara medidas para combater a alta dos preços dos combustíveis e afirmou que a paridade entre o valor do barril de petróleo no mercado internacional e o preço de combustíveis praticados nas bombas dos postos no Brasil “não pode continuar”.
O presidente disse ainda que um repasse integral das diferenças entre os preços resultaria em um reajuste de 50% dos combustíveis. “A população não aguenta”, afirmou o mandatário.
Em uma entrevista para uma rádio de Roraima, Bolsonaro confirmou que terá hoje uma reunião para discutir o assunto. De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, o governo estuda criar uma espécie de subsídio para garantir o preço local frente aos aumentos no mercado internacional.
Para a Petrobras, a norma de paridade internacional garante a sanidade financeira da empresa, que deixou de subsidiar o valor dos combustíveis e repassa todos os aumentos às refinarias.
As principais petrolíferas internacionais, como Shell, Exxon Mobil, TotalEnergies, BP, Saudi Aramco e PetroChina sobem 7,69%, 3,1%, 0,88%, 2,07%, 0,45% e 6,62%, respectivamente.
No mesmo horário, os preços do petróleo brent e WTI operavam na casa os US$ 122,5 e US$ 118,5. (Com Reuters)