A maior companhia de saúde do país, Hapvida (HAPV3), espera conseguir recuperar suas margens a partir deste trimestre, com reajustes de planos e um retorno das operações em níveis mais normalizados de custos, após redução nos casos de Covid-19 e gripe que impactaram o grupo no início do ano, afirmaram executivos hoje (17).
A companhia, nascida em meados de fevereiro a partir da fusão da Hapvida com a Intermédica, viu níveis de sinistralidade subir no primeiro trimestre sobre um ano antes, algo que deve ser revertido nos próximos meses, afirmou o co-presidente Irlau Machado Filho em teleconferência com analistas.
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“Em função da completa diminuição da Covid-19 e Influenza, estou confiante de que o segundo trimestre terá uma performance muito mais interessante”, afirmou Machado Filho.
Além da própria redução dos casos da pandemia, o executivo também afirmou que a empresa tem “expectativa de aumentos relevantes na precificação para voltarmos para níveis mais racionais”. Ele citou a estimativa do mercado de que a Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) vai autorizar em breve reajuste de pelo menos 15% nos planos de saúde individuais.
Isso é importante para os negócios da antiga Hapvida, disse o co-presidente do grupo, Jorge Fontoura Koren de Lima. Segundo ele, mais de 30% do faturamento desta vertical é atrelado a planos individuais.
Na frente de fusões e aquisições, Machado Filho afirmou que a empresa está em discussões com 20 potenciais alvos de compra no Brasil, incluindo ativos que permitirão ao grupo maior nível de verticalização de serviços.