O bilionário e fundador da Tesla, Elon Musk, prometeu cortar custos no Twitter – começando com os salários dos executivos e dos membros do conselho. No entanto, um levantamento da Forbes mostra que a remuneração paga pela companhia não é muito maior do que a praticada por empresas rivais dos setores de mídia social e tecnologia.
Musk já falou publicamente sobre eliminar as remunerações dos membros conselho de administração do Twitter, mesmo antes que sua oferta par adquirir a rede social fosse finalmente aceita.
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“Os salários dos membros do conselho serão US$ 0 se a minha oferta for aceita. Só isso dá uma economia de mais ou menos US$ 3 milhões (R$ 15,2 milhões)”, disse ele no mês passado.
Para obter financiamentos e garantir os recursos necessários para adquirir o Twitter por US$ 44 bilhões (R$ 223 bilhões), Musk teve que convencer os bancos de que reduziria os custos da empresa de mídia social e a tornaria mais lucrativa, segundo reportagem da Reuters da sexta-feira (29).
A pessoa mais rica do mundo teve que apresentar um plano de cortes de custos na empresa. Embora não tenha entrado em detalhes, Musk afirmou que irá reduzir os salários de executivos e membros do conselhos do Twitter, além de explorar novas maneiras de monetizar tuítes, disseram fontes à Reuters.
A fortuna de Musk é avaliada em US$ 246,5 bilhões (R$ 1,2 trilhão), segundo os cálculos da Forbes – ele atualmente é a pessoa mais rica do mundo. O bilionário vendeu mais de US$ 8 bilhões (R$ 40,5 bilhões) em ações da Tesla na semana passada para levantar fundos para comprar o Twitter.
Confira a remuneração paga por Snap, Alphabet e Meta:
Remuneração dos membros do conselho
Twitter: os executivos receberam US$ 290 milhões (R$ 1,4 bilhão) em remuneração em 2021, em média, de acordo com documentos públicos.
Snap: A companhia pagou em média US$ 330 milhões (R$ 1,6 bilhão) a cada um deles no ano passado, segundo registros públicos.
Alphabet: os membros do conselho da companhia dona do Google receberam entre US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões) e US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões).
Meta (ex-Facebook): no topo do lista, os executivos da Meta ganharam US$ 800 milhões (R$ 4 bilhões), em média, em remuneração.
Leia mais: Musk negocia mais financiamento para aquisição do Twitter, dizem fontes
Remuneração dos CEOs
Twitter: Parag Agrawal recebeu cerca de US$ 30 milhões (R$ 152,1 milhões) no ano passado.
Snap: Evan Spiegel ganhou cerca de US$ 3,3 milhões (R$ 16,7 milhões) no total em 2021, de acordo com registros dos órgãos reguladores.
Alphabet: Sundar Pichai recebeu cerca de US$ 6,3 milhões (R$ 31,9 milhões).
Meta: Mark Zuckerberg, que também é fundador da companhia, ganhou quase US$ 27 milhões (R$ 136,8 milhões) em remuneração no ano passado.
Remuneração de outros executivos (c-level)
Twitter: diretores financeiros e jurídicos, entre outros, receberam entre US$ 16 milhões (R$ 81,1 milhões) e US$ 19 milhões (R$ 96,3 milhões) em remuneração no ano passado.
Snap: os funcionários de alto escalão da empresa receberam até US$ 10 milhões (R$ 50,7 milhões) em 2021 (o valor inclui bônus pagos com ações da companhia).
Alphabet: a companhia dona do Google pagou até US$ 28 milhões (R$ 141,9 milhões) para seus executivos.
Meta: a COO Sheryl Sandberg recebeu cerca de US$ 22 milhões (R$ 111,5 milhões) em ações –a companhia desembolsou US$ 35 milhões (R$ 177,4 milhões) no total para remunerá-la no ano passado. Outros executivos ganharam entre US$ 24 milhões (R$ 121,6 milhões) e US$ 29 milhões (R$ 147 milhões).
Bônus pagos em ações
Twitter: a companhia pagou US$ 630 milhões (R$ 3,1 bilhões) em ações a título de bônus em 2021, um aumento de 33% em relação ao ano anterior, mostram os registros.
Snap: US$ 1,09 bilhão (R$ 5,5 bilhões)
Alphabet: US$ 10,89 bilhões (R$ 55,2 bilhões)
Meta: US$ 9,16 bilhões (R$ 46,4 bilhões)