O volume de serviços no Brasil registrou crescimento pelo segundo mês seguido em abril, beneficiando-se da reabertura econômica, mas iniciou o segundo trimestre com ritmo abaixo do esperado.
O volume de serviços aumentou 0,2% em relação a março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje (14). O resultado ficou aquém da expectativa em pesquisa da Reuters, de ganho de 0,4%.
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O IBGE ainda revisou para baixo o dado de março, para aumento de 1,4%, de 1,7% informado anteriormente.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, foi registrada alta de 9,4%, ante expectativa de avanço de 10,4%.
Com esse resultado, o setor está 7,2% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, segundo o IBGE.
Depois de ser fortemente abalado pelas restrições para combate à Covid-19, o setor de serviços vem se recuperando diante da reabertura econômica.
No entanto, o cenário no país é de forte pressão inflacionária que corrói o poder de compra, o que tende a afetar principalmente os serviços prestados à família.
No mês de abril, apenas duas das cinco atividades pesquisadas tiveram ganhos –informação e comunicação, de 0,7%, e serviços prestados às famílias, de 1,9%.
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Por outro lado, resultados negativos foram registrados em transportes (-1,7%); serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%); e outros serviços (-1,6%).
No entanto, o transporte de passageiros cresceu 2,3% no mês e superou pela primeira vez o patamar pré-pandemia, ficando 0,1% acima do nível de fevereiro de 2020.
“(Ratifica), assim, a maior mobilidade da população, refletida no aumento das receitas das empresas que operam os transportes de passageiros nos seus diversos modais: aéreo, rodoviário e metroferroviário”, disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
O índice de atividades turísticas, por sua vez, cresceu 2,5% em abril sobre março, mas ainda está 3,4% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.