A Apple divulgou hoje (28) lucro e receita acima do esperado por Wall Street, beneficiando-se de demanda sólida por iPhones e passando pela crise na oferta de componentes eletrônicos de maneira melhor que a prevista pelo mercado.
A companhia teve receita de US$ 83 bilhões (R$ 432 bilhões) e lucro de US$ 1,20 (R$ 6,20) por ação no trimestre encerrado no fim de junho. Analistas, em média, esperavam faturamento de US$ 82,8 bilhões (R$ 431 bilhões) e resultado positivo de US$ 1,16 (R$ 6,00) por papel, segundo dados da Refinitiv.
O vice-presidente financeiro da Apple, Luca Maestri, afirmou à Reuters que não houve desaceleração na demanda por iPhones.
Investidores estão observando a Apple de perto conforme indicadores econômicos se tornam negativos. No passado, a base de clientes leais da companhia ajudou a empresa a superar crises melhor que rivais.
Enquanto as vendas de iPhones e iPads superaram expectativas, a receita com serviços, computadores e acessórios ficou abaixo do esperado por Wall Street no trimestre. As vendas na China recuaram 1%.
As ações da Apple acumularam até hoje (28) queda de 11% no ano, pouco menos que a desvalorização do índice S&P 500 e também menos que outras empresas de eletrônicos de consumo como a Samsung.
As vendas de iPhones no trimestre somaram US$ 40,7 bilhões (R$ 212 bilhões), alta de cerca de 3% sobre um ano antes, ficando bem a frente do mercado global de smartphones, que teve queda de 9% nas vendas no trimestre passado, segundo dados da empresa de pesquisa Canalys.
A Apple afirmou que tem atualmente 860 milhões de assinantes de algum de seus serviços pagos ante 825 milhões no trimestre anterior.
As vendas de iPads e computadores Mac somaram US$ 7,2 bilhões (R$ 37,5 bilhões) e 7,4 bilhões (R$ 38,5 bilhões), respectivamente, ante projeções médias do mercado de US$ 6,9 bilhões (R$ 35,9 bilhões) e US$ 8,7 bilhões (R$ 45,3 bilhões). As vendas de computadores representaram queda de 10%.