O Ibovespa iniciou a sessão de hoje (12) em alta de 0,95%, aos 110.743 pontos, perto das 10h20 (horário de Brasília), em dia de atenção voltada para os resultados corporativos. O principal índice da Bolsa brasileira opera em linha com o mercado externo, que também sobe nesta manhã.
Sem indicadores de peso, o dia é relativamente fraco na agenda doméstica. O foco dos investidores se volta para os resultados de Eletrobras (ELET3; ELET6), Cemig (CMIG4), Cosan (CSAN3) e M.Dias Branco (MDIA3), que divulgarão seus números após o fechamento do mercado.
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Ontem (11), mais de 30 empresas informaram os resultados do segundo trimestre. Entre elas, as varejistas Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) registraram prejuízo, impactadas pela alta de juros no país. Na contramão, a Via (VIIA3) lucrou R$ 16 milhões no período — o que garante a ação na esteira das maiores altas desta manhã.
Essa pressão nos juros pode estar perto do fim. Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual e indicou que pode ter sido o último ajuste dessa magnitude.
Segundo o comunicado da autarquia, o comitê irá analisar a necessidade de mais um aperto monetário em setembro e, caso ocorra, será menor. Vale lembrar que o IPCA de julho, divulgado na quarta-feira (10), mostrou uma deflação mensal.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo caiu 0,68% no mês, registrando a menor taxa desde o início da série histórica (janeiro de 1980). Esse é mais um indicativo de que um menor aperto monetário pode ocorrer na próxima reunião.
Um cenário parecido é visto em Wall Street. Por lá, os principais índices dos Estados Unidos operam aliviados após uma semana marcada por fortes dados de inflação, que deram uma pista de que o Federal Reserve (banco central norte-americano) também pode aliviar o aperto monetário em setembro.
Se antes os investidores apostavam em mais uma alta de 0,75 ponto percentual, agora é previsto um aumento de 0,50 p.p. No entanto, a decisão do Fed também será baseada em novos dados do mercado, que acontecerão antes do próximo encontro.
Em meio a esse cenário, Dow Jones futuro sobe 0,50%, aos 33.467 pontos. O S&P 500 e o Nasdaq avançam 0,60% e 0,75%, respectivamente.
O dólar cai frente ao real, com desvalorização de 0,76%, a R$ 5,1179.
Na Ásia, os mercados terminaram o último pregão da semana sem uma única direção. O Xangai caiu 0,15% e o Shenzhen recuou 0,45%. Em Tóquio, o Nikkei subiu 2,62% e, em Hong Kong, o Hang Seng registrou alta de 0,46%. Em Seul, o Kospi subiu 0,16% e, e Taiwan, o Taiex avançou 0,60%.
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