Após cravar sua quinta alta consecutiva na véspera, o Ibovespa iniciou a sessão de hoje (19) em queda de 0,88%, aos 112.810 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília), em um dia sem grandes novidades na agenda econômica brasileira. O índice segue o desempenho de seus pares globais, que recuam nesta manhã, refletindo o clima de aversão ao risco no exterior.
Em Wall Street, os índices futuros de Nova York caem após dados mistos da economia serem divulgados um dia após a ata do Fomc (comitê de política monetária dos Estados Unidos) sinalizar que os próximos movimentos de altas nos juros dependem do cenário econômico.
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O Dow Jones futuro operava em queda de 0,47%, aos 33.816 pontos. O S&P 500 e o Nasdaq cediam 0,69% e 0,94%, respectivamente.
Ontem (18), os números de vendas de moradias existentes caíram 5,9% em julho, pelo sexto mês consecutivo e para uma nova mínima dos últimos dois anos. Além disso, os dados de pedidos de auxílio-desemprego semanais vieram menores do que era esperado, mas a expectativa é de um mercado de trabalho forte, com boa absorção de vagas.
Na Europa, a Alemanha anunciou um recorde na inflação ao produtor, ressaltando as perspectivas sombrias para a maior economia na zona do euro, que está presa num ambiente de custos crescentes e crescimento vacilante da atividade devido à guerra na Ucrânia.
Os preços ao produtor – um indicador importante para a inflação – dispararam 37,2% na comparação anual, o maior aumento desde que os registros começaram, em 1949, disse o Escritório Federal de Estatísticas nesta sexta-feira. A alta mensal, de 5,3%, também foi a maior já registrada.
Na quarta-feira (17), o Reino Unido informou que inflação de preços ao consumidor saltou para 10,1% em julho, a maior desde fevereiro de 1982, acima da taxa anual de 9,4% em junho, intensificando o aperto das famílias.
Em meio a esse cenário, as Bolsas europeias caem nesta manhã, com exceção de Londres, que sobe 0,33%. O DAX, da Alemanha, cai 0,55% e o índice STOXX600 recua 0,32%.
Na Ásia, as Bolsas também encerraram o dia majoritariamente em queda, refletindo a preocupação dos investidores com a economia local. O Xangai recuou 0,59% e o Shenzhen perdeu 1,28%.
Em Tóquio, o Nikkei registrou quedas de 0,04% e, em Seul, o Kospi cedeu 0,61%. Em Hong Kong, o Hang Seng ficou próximo à estabilidade, com variação positiva de 0,05% e o Taiex subiu 0,08%.
O dólar subia ligeiramente frente ao real, ficando a caminho de um forte avanço semanal, em linha com um salto recente da divisa norte-americana no exterior, em meio a temores econômicos generalizados. No início da sessão, o dólar comercial avançava 0,08%, a R$ 5,1755. (Com Reuters)
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