O Ibovespa abriu quase estável nesta sexta-feira (14), com alta de 0,09%, a 114.399,98 pontos, e caminha para fechar a semana em queda, acumulando de segunda (10) até ontem (13) uma perda de 2%.
Após a virada nos ânimos de Wall Street ontem, quando os principais índices atingiram seus níveis mais baixos desde 2020 pela manhã e mudaram para uma alta superior a 2% no final da sessão, hoje os futuros das bolsas estão tímidos, operando entre perdas e ganhos.
A queda pela manhã teve um motivo claro: o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) veio acima do previsto. A virada depois do almoço é mais difícil. Alguns analistas indicaram que o mercado cogita que a inflação chegou ao seu pico, ou pelo menos está muito próxima de chegar.
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A partir de hoje, outros números devem fazer preço nas bolsas de Wall Street: os resultados do terceiro trimestre. É esperado que os balanços das empresas indiquem com mais clareza o cenário da economia global.
Desde segunda, companhias americanas começaram a divulgar seus resultados e hoje chegou a vez dos grandes bancos dos Estados Unidos. JPMorgan, Wells Fargo, Morgan Stanley e Citigroup apresentam seus balanços.
JPMorgan foi o primeiro. A receita subiu 10% na comparação anual para US$ 32,72 bilhões, acima do esperado. O lucro caiu 17%, para US$ 9,74 bilhões, menos do que o esperado. Uma parte da queda se explica pelo banco ter reservado US$ 808 milhões para possíveis perdas com inadimplência, a chamada provisão de crédito.
De acordo com a Bloomberg, a expectativa é que o setor bancário do S&P 500 tenha a maior queda de lucro dentre todos os outros setores.
Por volta das 10h (horário de Brasília), os futuros do Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq tinham alta de 1,03%, 1,08% e 1,18%, respectivamente.
Na Europa, as bolsas operam em alta em meio aos rumores de que a primeira-ministra do Reino Unido irá voltar atrás e desistir do polêmico pacote de benefícios fiscais que prevê corte de impostos e aumento de gastos.
Nesta manhã, o ministro das Finanças do Reino Unido, Kwasi Kwarteng, anunciou a sua demissão por não estar de acordo com o descarte do pacote de benefícios. O sucessor de Kwarteng será o quarto ministro no cargo em poucos meses no Reino Unido, onde a população enfrenta uma crise de custo de vida.
Os rendimentos dos títulos britânicos começaram a cair em meio a informações de que a primeira-ministra fará uma coletiva de imprensa hoje mais tarde.
Às 10h, o cenário das bolsas europeias era de alta de 1,56% em Londres; +1,87% em Frankfurt; +2,38% em Paris; +1,86% em Madrid; e +1,90% do Stoxx 600.
Na Ásia, as ações da China registraram seus maiores ganhos em cinco meses e meio depois de o chefe do banco central chinês, Yi Gang, prometer apoio mais forte para a economia real. Gang afirmou que o banco dará mais apoio à construção de infraestrutura e acelerará o ritmo para utilizar os empréstimos para entregar projetos residenciais.
O presidente também disse que o banco central apoiará as instituições financeiras a emitir empréstimos para a atualização de equipamentos para setores importantes, incluindo a manufatura.
O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou alta de 2,39%, enquanto o índice de Xangai subiu 1,84%. Ambos os índices registraram sua maior alta diária desde 29 de abril.
Por aqui, o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), referente a agosto. O volume de serviços no país cresceu 0,7%, após o avanço de 1,3% em julho, dado revisado de +1,1%. O consenso Refinitiv apontava para um crescimento de 0,2% na comparação com julho.
Na base anual, os serviços cresceram 8% frente julho, enquanto o consenso esperava alta de 6,9%. É o quarto resultado positivo consecutivo, com ganho acumulado de 3,3% nesse período.
O dólar comercial destoa do exterior e cai frente ao real. Às 10h10 (horário de Brasília), o recuo era de 0,46%, a R$ 5,24, enquanto o índice DXY subia 0,22%, a 112,61 pontos.
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