O Ibovespa abriu em queda nesta terça-feira (11), com recuo de 0,51%, a 115.344 pontos, e caminha para a terceira queda consecutiva depois de uma sequência de cinco altas na semana passada.
Em um dia de poucos indicadores econômicos no cenário internacional, a atenção do mercado se volta para os discursos dos membros do Federal Reserve (banco central norte-americano) e para a situação da Europa em meio ao acirramento do conflito entre Rússia e Ucrânia e a crise no mercado de títulos públicos do Reino Unido.
Em Wall Street, os índices futuros operam em queda na manhã de hoje, à medida que os temores com recessão aumentam e investidores aguardam por dados de inflação que serão divulgados na quinta-feira (13).
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Por volta das 10h (horário de Brasília), os futuros do Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq perdiam, respectivamente, 0,06%, 0,16% e 0,21%.
Na Europa, as bolsas também operam em queda no mesmo horário, com os investidores observando os desdobramentos dos ataques russos na Ucrânia, depois que várias explosões atingiram o centro da capital, Kiev, ontem.
Além disso, a preocupação com os aumentos das taxas de juros dos bancos centrais e seu impacto no crescimento econômico também continuam no radar. O Banco da Inglaterra anunciou hoje uma expansão de sua operação emergencial de compra de títulos, enquanto busca restaurar a ordem no mercado de títulos do país. Só nesta terça, houve uma liquidação de US$ 2,3 trilhões dos títulos.
Às 10h, o cenário das bolsas europeias era de queda de 0,60% em Londres; -0,43% em Frankfurt; -0,13% em Paris; -0,36% em Madrid; e -0,41% do Stoxx 600.
Na Ásia, os mercados fecharam mistos, mas a tendência de perdas vem de longe. O índice de referência de Hong Kong, Hang Seng, fechou abaixo dos 17.000 pontos pela primeira vez em 11 anos. A perda se intensificou após a China afirmar que irá manter sua política de Covid zero, o que amplia as preocupações com uma desaceleração no país.
O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com alta de 0,18%, enquanto o índice de Xangai subiu 0,19%.
Por aqui, o Ibovespa acompanha os mercados internacionais em suas preocupações com desaceleração econômica, aumentos dos juros e guerra.
Pela manhã, o IBGE divulgou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, que registrou a terceira queda consecutiva, porém em um ritmo mais fraco do que o visto nos meses anteriores.
No mês passado, o índice de preços recuou 0,29% ante uma expectativa de queda de 0,32% do consenso do mercado. Na base anual, a taxa caiu dos 8% para 7,17% e no ano soma 4,09%. O ritmo de recuo, entretanto, vem perdendo força depois de quedas de 0,68% em julho e 0,36% em agosto.
Dentre as notícias que podem movimentar as negociações no Ibovespa, a Ativa Investimentos destaca o lançamento da conta digital das Lojas Renner (LREN3) e a nova proposta da Apollo pela Braskem (BRKM5).
A Renner vai lançar uma conta digital para os clientes da Realize, seu braço financeiro. Antes, a Realize contava apenas com cartão de crédito, agora terá um banco para pagar contas, investimentos, tags de pedágio, entre outros serviços.
“Desde que não traga muitas distrações para a gestão da empresa, vemos a iniciativa como positiva, no sentido de aumentar ainda mais o engajamento dos clientes que possuem um relacionamento mais próximo da loja, ao mesmo tempo que não colocamos muito valor no banco e vemos mais como uma conveniência e estratégia de fidelidade adicional no ecossistema da Renner”, diz nota da Ativa aos clientes.
Já no caso da Braskem, em abril, a gestora Apollo havia oferecido R$ 44,57 por ação da empresa e agora faz uma nova proposta no valor de R$ 50/ação.
“Consideramos o movimento positivo se levarmos em consideração o preço da ação no momento, de R$ 27,89. Ressaltamos ainda que o interesse do fundo é fechar o capital na B3 e abrir posteriormente na NYSE”, diz a Ativa. Logo após a abertura, as ações da Braskem subiam 9,29% no Ibovespa, a R$ 30,62.
O dólar comercial opera em alta de 0,16% às 10h10 (horário de Brasília), negociado a R$ 5,19, na contramão do movimento internacional da moeda, que é de queda de 0,11%, segundo o índice DXY.
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