Banco Safra: aquisição reforça posição no mercado de alta renda
O Banco Safra anunciou na noite de ontem (23) a compra do controle acionário do Banco Alfa por R$ 1,03 bilhão. Silvio de Carvalho, presidente do Banco Safra, se disse muito otimista com a operação. “Trata-se de uma aquisição importante, que marca um novo capítulo da nossa história, combinando nossa tradição secular de segurança com empreendedorismo e foco na busca de resultados”.
Fábio Amorosino, CEO do Conglomerado Financeiro Alfa, afirmou que “a operação entre os dois bancos seculares, fruto de trajetórias empreendedoras de sucesso e baseados em valores comuns, potencializará a qualidade, perenidade e excelência que sempre oferecemos aos nossos clientes e colaboradores”.
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O Banco Alfa havia sido criado em 1998 pelo banqueiro Aloysio Faria (1920-2020), após a venda do Banco Real aos holandeses do ABN Amro. Posteriormente, em 2009, as atividades do ABN no Brasil foram transferidas ao espanhol Santander. Formado em medicina, Faria assumiu o Banco da Lavoura, fundado por seu pai em Minas Gerais em 1925 e o transformou em um dos maiores conglomerados financeiros do País.
Sem sucessor, Faria vendeu o banco de varejo, mas manteve o banco de investimentos, que posteriormente seria renomeado Alfa devido às primeiras letras de seu nome. O grupo cresceu de maneira orgânica nesse período. Segundo dados de 30 de setembro, o total de ativos da holding era de R$ 1,07 trilhão.
Aquisições
Discretamente, como é sua característica, o Safra vem avançando no mercado bancário por meio de aquisições. Em abril de 2021 o banco comprou as atividades brasileiras do banco francês Credit Agricole Indosuez. E em outubro, contratou o banqueiro José Olympio da Veiga Pereira, ex-presidente do Crédit Suisse no Brasil, para comandar sua área de atendimento a grandes clientes.
