O Ibovespa encerrou o pregão de hoje (13) em queda. Apesar do bom humor externo, com dados de inflação dos Estados Unidos animando o desempenho lá fora, o principal índice da B3 registrou desvalorização de 1,71%, aos 103.540 pontos.
Por aqui, os investidores repercutiram a nomeação do economista Gabriel Galípolo para a secretaria-executiva da Fazenda. Além disso, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou o petista Aloizio Mercadante como novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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Mais cedo, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, que trouxe um alerta sobre o fiscal poder afetar a taxa neutra de juros do País. Em meio às negociações do governo eleito para ampliar gastos públicos, o documento ressalta que o tema foi debatido “de forma extensa”.
Na reunião passada, o BC manteve mais uma vez a Selic em 13,75% ao ano, alertando que irá acompanhar com atenção o quadro fiscal do País.
Para Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, o grande destaque da ata foi as preocupações em relação à política fiscal e impacto na política monetária. “O BC tem estado cada vez mais atento a esse ponto, que tem trazido muita volatilidade para os mercados”, diz.
A maior queda do dia ficou para a Suzano (SUZB3), que caiu 6,43%, a R$ 51,36. A companhia cortou o preço da celulose de eucalipto para US$ 820 na China, segundo relatório do Itaú BBA que cita informações da provedora de dados Risi. A empresa recusou-se a confirmar o valor final ou dar mais detalhes, informando apenas que para outras regiões os preços da celulose foram mantidos.
Em seguida aparece a Rumo (RAIL3), que recuou 5,22%, a R$ 16,52. Logo após está o Banco do Brasil (BBAS3), com queda de 4,87%, a R$ 31,86.
Diferentemente do Índice Bovespa, as principais Bolsas de Wall Street fecharam no azul. Mais cedo, o Departamento do Trabalho divulgou que os preços ao consumidor subiram 0,1% em novembro, menos do que era esperado pelo mercado.
Na visão de Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital, os dados reforçaram a tese de que o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) devem subir os juros em 0,50 ponto percentual amanhã (14).
O Dow Jones subiu 0,30%, aos 34.108 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,73%, aos 4.019 pontos, e o Nasdaq avançou 1,01%, aos 11.256 pontos.
Apesar do bom humor, o dólar fechou perto da estabilidade. A moeda norte-americana teve avanço de 0,05%, a R$ 5,3146.