Um bilionário de fundos mútuos, um empresário de bebidas energéticas e um super rico dos óculos estão entre os 26 bilionários que morreram em 2022. Isso é 1% de um total de 2.668 bilionários na lista da Forbes publicada em abril de 2022.
Entre os mortos estão Edward “Ned” Johnson III, que liderou como CEO a empresa gigante de fundos mútuos Fidelity por quase 40 anos, o cofundador da bebida energética Red Bull, Dietrich Mateschitz, e Julian Robertson, um pioneiro de fundos de hedge que fundou a Tiger Management em 1980.
Vários dos bilionários que morreram ganharam apelidos que resumiam seu empreendedorismo, como o “Rei da Laranja” do Brasil, José Luis Cutrale, que fundou uma empresa de cultivo e exportação de laranja, e o gestor de recursos naturalizado norte-americano Fayez Sarofim. Nascido no Egito, ele era conhecido como “a Esfinge” por seu comportamento inescrutável.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
Cerca de metade dos bilionários mortos em 2022 eram cidadãos norte-americanos, e a lista inclui bilionários da Índia, da Áustria e da França. Dois tinham patrimônios líquidos que ultrapassaram US$ 20 bilhões (R$ 101,94 bilhões): o italiano Leonardo Del Vecchio, cujo império de óculos incluía a varejista Sunglass Hut e marcas como Ray-Ban, e Mateschitz, fundador da Red Bull.
A maioria tinha pelo menos 80 anos, incluindo Robert Brockman, que foi acusado de planejar o maior caso de evasão fiscal da história dos Estados Unidos, mas morreu antes do julgamento. Nove deles viveram até os 90 anos. O mais novo era o fundador da empresa de jogos sul-coreana Kim Jung-ju, que morreu aos 54 anos em fevereiro. “O falecido estava recebendo tratamento para depressão e estamos tristes porque parece ter piorado recentemente”, disse sua holding pessoal, a NXC, a uma agência de notícias local.
Veja os bilionários que morreram em 2022
1. John Arrillaga
- Cidadania: norte-americano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 2,6 bilhões (R$ 13,25 bilhões)
- Morte: janeiro de 2022 aos 84 anos
Arrigalla era um incorporador imobiliário do Vale do Silício que, com o parceiro de negócios Richard “Dick” Peery, comprou terras agrícolas na década de 1960 e as converteu em parques de escritórios. Os inquilinos dos edifícios de sua empresa Peery Arrillaga incluem gigantes da tecnologia como o Google e o Intuit.
Arrillaga frequentou a Universidade de Stanford com uma bolsa de basquete e mais tarde se tornou um doador prolífico. Ele se comprometeu a doar US$ 151 milhões (R$ 769,65 milhões) para a universidade em 2013, a maior doação de uma pessoa viva na época. O nome de sua família aparece em pelo menos nove edifícios de Stanford, incluindo o Frances Arrillaga Alumni Center e o Arrillaga Family Sports Center.
2. Alberto Bailleres
- Cidadania: mexicano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 8,6 bilhões (R$ 43,83 bilhões)
- Morte: fevereiro de 2022 aos 90 anos
Bailleres construiu sua fortuna expandindo o império de mineração de sua família, iniciado por seu pai na década de 1930. Ele presidiu a Indústrias Penoles, segunda maior mineradora do México, e também controlou a cadeia de lojas de departamentos Palacio de Hierro, a seguradora Grupo Nacional Provincial e a gestora de fundos de pensão Grupo Profuturo.
Em 2015, o Senado mexicano concedeu a Bailleres a Medalha Belisario Domínguez, a mais alta distinção concedida a um cidadão. Em entrevista coletiva anunciando sua morte, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador disse que, embora os dois homens nem sempre concordassem, eles mantiveram um relacionamento respeitoso por mais de 20 anos.
Bailleres era a quarta pessoa mais rica do México na época de sua morte.
3. Rahul Bajaj
- Cidadania: indiano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 8,2 bilhões (R$ 41,80 bilhões)
- Morte: fevereiro de 2022 aos 83 anos
Neto do fundador do Bajaj Group, Jamnalal Bajaj, Rahul assumiu os negócios de sua família em 1994. Sob sua liderança, o Bajaj Group se transformou em um conglomerado de 40 empresas em setores como scooters de duas rodas, serviços financeiros e eletrodomésticos. Ele se tornou presidente emérito um ano antes de sua morte.
O também bilionário Pawan Munjal, presidente e CEO da Hero MotorCorp, chamou Bajaj de “um dos construtores pioneiros da nação na Índia moderna”. Bajaj era membro do Rajya Sabha, a câmara alta do parlamento indiano, e recebeu o Padma Bhushan, uma das mais altas honras civis da Índia.
4. Pierre Bellon
- Cidadania: francês
- Patrimônio líquido na morte: US$ 4,2 bilhões (R$ 21,40 bilhões)
- Morte: janeiro de 2022 aos 92 anos
Bellon fundou a empresa Sodexo em 1966, atuando como presidente por 50 anos até que sua filha, Sophie, assumiu em 2016. A Sodexo se expandiu internacionalmente em 1971 e em 2021 atendeu 100 milhões de pessoas em 64 países diariamente. Bellon é autor de dois livros: I’ve Had A Lot Of Fun: The Sodexo Story, publicado em 2006, e To Serve And To Grow, publicado em 2019.
5. Robert Brockman
- Cidadania: norte-americano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 4,7 bilhões (R$ 23,96 bilhões)
- Falecimento: agosto de 2022 aos 81 anos
Brockman acumulou sua fortuna como engenheiro de software, atuando como presidente e CEO da Reynolds and Reynolds, que vende software e serviços para concessionárias automotivas. Em outubro de 2020, Brockman foi acusado de arquitetar o maior caso de evasão fiscal da história dos Estados Unidos, acusado de esconder cerca de US$ 2 bilhões em receita do IRS ao longo de duas décadas.
Brockman negou as acusações e morreu antes de o caso ir a julgamento. O bilionário também foi o financiador inicial da empresa de private equity Vista Equity Partners do bilionário Robert F. Smith, em 2000, com um compromisso de US$ 1 bilhão.
6. José Luis Cutrale
- Cidadania: brasileiro
- Patrimônio líquido na morte: US$ 1,9 bilhão (R$ 9,68 bilhões)
- Morte: agosto de 2022 aos 75 anos
Conhecido como o “Rei da Laranja” do Brasil, Cutrale fundou o produtor e exportador de laranjas Sucocítrico Cutrale com seu pai em 1967. A empresa cresceu e se tornou líder do setor, atendendo a clientes como Minute Maid e Simply Orange. Em 2015, a Cutrale adquiriu a produtora de bananas Chiquita Brands International por US$ 1,3 bilhão (R$ 6,6 bilhões) em sociedade com o falecido banqueiro brasileiro Joseph Safra, também bilionário.
>Leia também: José Luis Cutrale: a vida e as polêmicas do rei da laranja brasileiro
7. Leonardo Del Vecchio
- Cidadania: italiano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 24,8 bilhões (R$ 126,40 bilhões)
- Morte: junho de 2022 aos 87 anos
Del Vecchio fundou a Luxottica, que se tornou a maior produtora e varejista mundial de óculos de sol e óculos de grau, em 1961, como uma oficina de óculos em uma pequena cidade italiana. Ele cresceu em Milão, um de cinco filhos, e foi enviado para um orfanato aos 7 anos por sua mãe, que não tinha mais condições de criá-lo.
Aos 25 anos abriu sua oficina de óculos em um pequeno terreno cedido pelo governo. A Luxottica é agora líder do setor, tendo adquirido marcas como Ray-Ban, Oakley e Sunglass Hut. A empresa se fundiu com a gigante francesa de saúde visual Essilor para formar a EssilorLuxottica em 2018.
8. Clement Fayat
- Cidadania: francês
- Patrimônio líquido na morte: US$ 1,1 bilhão (R$ 5,60 bilhões)
- Morte: julho de 2022 aos 90 anos
Filho de um pedreiro, Fayat abriu sua própria empresa de engenharia civil em 1957, aos 25 anos. Sua empresa de construção, Fayat Group, era uma das maiores empresas privadas de construção da França na época de sua morte, com quase US$ 5 bilhões em receita anual be mais de 21.000 funcionários em 170 países.
9. Fong Yun Wah
- Cidadania: Hong Kong
- Patrimônio líquido na morte: US$ 2,3 bilhões (R$ 11,72 bilhões)
- Morte: janeiro de 2022 aos 97 anos
Fong era o presidente do Hip Shing Hong Group, uma das maiores empresas privadas de investimento imobiliário de Hong Kong. Anteriormente, ele atuou como vice-presidente da Associação de Incorporadoras Imobiliárias de Hong Kong e diretor do Tung Wah Group of Hospitals. Ele foi a 36ª pessoa mais rica de Hong Kong em 2021.
10. Donald Foss
- Cidadania: norte-americano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 1,7 bilhão (R$ 8,66 bilhões)
- Morte: agosto de 2022 aos 78 anos
Foss lançou o credor de automóveis subprime Credit Acceptance Corp em 1972 e liderou a empresa como CEO por três décadas. Ele deixou o conselho em 2017. A Credit Acceptance foi uma das primeiras a oferecer programas de empréstimo que ajudam as concessionárias a vender carros a clientes com crédito ruim ou sem crédito. Foss era um dos maiores investidores na varejista GameStop antes do improvável aumento no preço de suas ações em janeiro de 2021.
11. Allan Goldman
- Cidadania: norte-americano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 2,8 bilhões (R$ 14,27 bilhões)
- Morte: janeiro de 2022 aos 78 anos
Goldman herdou parte de uma extensa fortuna imobiliária da cidade de Nova York criada por seu pai, Sol Goldman, um proeminente investidor imobiliário nas décadas de 1970 e 1980. A Solil Management da família possui pelo menos 400 propriedades na cidade, incluindo lojas e escritórios. Allan Goldman liderou a empresa como co-presidente, mas recuou vários anos antes de sua morte devido a problemas de saúde. Ele e seus três irmãos herdaram uma participação de 25% na Solil Management após a morte de seu pai em 1987.
12. David “Sandy” Gottesman
- Cidadania: norte-americano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 2,9 bilhões (R$ 14,78 bilhões)
- Morte: setembro de 2022 aos 96 anos
O investidor bilionário, conhecido como “Sandy”, foi cofundador da firma de investimentos First Manhattan Co. em 1964. Grande parte de sua riqueza veio de suas ações da Berkshire Hathaway, amigo de longa data de Warren Buffett. Buffett e Gottesman se conheceram no início dos anos 1960 por meio de amigos em comum em Wall Street; jogavam golfe juntos e conversavam semanalmente sobre ações.
A First Manhattan Co. de Gottesman tinha mais de US$ 20 bilhões (R$ 102 bilhões) em ativos sob gestão no momento de sua morte.
13. Heidi Horten
- Cidadania: austríaca
- Patrimônio líquido na morte: US$ 2,9 bilhões (R$ 14,78 bilhões)
- Falecimento: junho de 2022 aos 81 anos
Horten herdou uma fortuna de US$ 1 bilhão (R$ 5,10 bilhões) de seu marido, Helmut Horten, que fundou a loja de departamentos alemã Horten AG, em 1936. Ela era conhecida por sua notável e valiosa coleção de arte e se tornou uma sensação no mundo da arte em 1996, quando gastou US$ 22 milhões (R$ 112 milhões) em um único leilão da Sotheby’s. Horten morreu poucos dias depois de abrir um museu particular em Viena, a Heidi Horten Collection, no que o museu chamou de “morte completamente inesperada”.
“Tenho orgulho, com meu acervo e a construção do museu, de ter criado algo duradouro, que as futuras gerações também poderão vivenciar quando visitarem o museu e se deliciarem com a arte que tanto me alegra há tanto tempo ”, disse Horten, em um comunicado antes de sua morte.
14. Rakesh Jhunjhunwala
- Cidadania: indiano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 5,8 bilhões (R$ 29,56 bilhões)
- Morte: agosto de 2022 aos 62 anos
Conhecido como o Warren Buffett da Índia, Rakesh Jhunjhunwala começou a investir quando estava na faculdade, com apenas US$ 100 (R$ 510). Seu maior patrimônio na época de sua morte era a fabricante de relógios e jóias Titan Company. O portfólio de Jhunjhunwala também incluía investimentos de longa data na Tata Motors e na empresa de classificação de risco Crisil.
“Rakesh Jhunjhunwala era indomável. Cheio de vida, espirituoso e perspicaz, ele deixa uma contribuição indelével para o mundo financeiro”, twittou o primeiro-ministro indiano Narendra Modi após a morte de Jhunjhunwala.
Jhunjhunwala foi fundador e doador prolífico da Ashoka University, uma escola de artes liberais em Haryana, Índia, e também contribuiu regularmente para a Agastya International Foundation, que fornece educação científica para os pobres.
15. Edward “Ned” Johnson III
- Cidadania: norte-americano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 10,1 bilhões (R$ 51,48 bilhões)
- Morte: março de 2022 aos 91 anos
Johnson liderou como CEO a empresa de fundos mútuos Fidelity por quase quatro décadas, supervisionando o crescimento dos ativos administrados de US$ 3,9 bilhões no início dos anos 1970 para US$ 1,7 trilhão em 2014, ano em que deixou o cargo. Uma empresa familiar, a Fidelity foi fundada por seu pai, Edward Johnson II, em 1946 e agora é liderada pela filha de Johnson, Abigail, que assumiu o cargo de CEO em 2014.
Johnson apareceu na lista da Forbes 400 dos americanos mais ricos anualmente desde 1985; ele era a 67ª pessoa mais rica da América quando morreu. A fundação de caridade de sua família, Edward C. Johnson Fund, doou quase US$ 1 bilhão (R$ 5,10 bilhões) desde 2000.
16. Kim Jung-ju
- Cidadania: sul-coreano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 10,9 bilhões (R$ 55,56 bilhões)
- Morte: fevereiro de 2022 aos 54 anos
Kim, que atendia pelo nome de Jay, fundou a empresa sul-coreana de jogos online Nexon em 1994 e foi presidente de sua holding NXC. Ele alcançou o status de bilionário em 2011 e subiu na hierarquia para se tornar a terceira pessoa mais rica da Coreia do Sul em 2021.
A Nexon desenvolveu o primeiro RPG online massivamente multiplayer, The Kingdom of the Winds, em 1996. Um dos jogos mais conhecidos da empresa, MapleStory, foi lançado em 2003 e acumulou mais de 180 milhões de usuários registrados em todo o mundo.
17. Herbert Kohler Jr.
- Cidadania: norte-americano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 8,8 bilhões (R$ 44,85 bilhões)
- Morte: setembro de 2022 aos 83 anos
Kohler Jr. administrou como CEO sua empresa familiar, a Kohler, fabricante de encanamentos com sede em Wisconsin, por 43 anos. Depois de deixar o cargo de CEO em 2015, ele atuou como presidente executivo até sua morte. O avô de Kohler fundou a empresa em 1873 para fabricar postes de amarração e ferramentas agrícolas. Em 2021, a empresa gerou mais de US$ 7 bilhões em receita, vendendo móveis, ladrilhos, motores, geradores e os banheiros e torneiras pelos quais é mais conhecida.
18. Rudy Ma
- Cidadania: taiwanês
- Patrimônio líquido na morte: US$ 3,3 bilhões (R$ 16,82 bilhões)
- Morte: outubro de 2022 aos 82 anos
Classificado como a 15ª pessoa mais rica de Taiwan antes de sua morte, Ma foi o fundador da empresa de serviços financeiros Yuanta Financial Holdings. Ele ajudou a administrar a loja de materiais de construção de sua família e trabalhou com uma siderúrgica e uma fabricante de vidro antes de assumir a empresa predecessora de Yuanta, em 1986. Ma expandiu seus negócios por meio de aquisições para criar a Yuanta Financial Holdings em 2007. Em 2014, foi condenado a sete anos e um meio ano de prisão em um caso de quebra de confiança, mas ele não havia sido preso devido a um diagnóstico de demência.
19. Dietrich Mateschitz
- Cidadania: austríaco
- Patrimônio líquido na morte: US$ 20,2 bilhões (R$ 102,96 bilhões)
- Falecimento: outubro de 2022 aos 78 anos
Mateschitz cofundou a Red Bull em 1987, revolucionando o mercado de bebidas energéticas no mundo ocidental. Ele descobriu as bebidas energéticas pela primeira vez durante uma viagem à Ásia em 1980, como executivo de marketing de uma empresa alemã de produtos de consumo. Ele logo fez parceria com o empresário tailandês Chaleo Yoovidhya, adicionando carbonatação às bebidas energéticas asiáticas que a Chaleo já fabricava para criar a Red Bull.
>Leia também: Dietrich Mateschitz, fundador da Red Bull, morre aos 78 anos
A Red Bull gastou muito em campanhas publicitárias que vinculavam sua bebida energética a esportes de aventura e estilo de vida rápido. Em 2021, a Red Bull teve US$ 8 bilhões em receita e vendeu 9,8 bilhões de latas. Mateschitz era a 71ª pessoa mais rica do mundo no momento de sua morte. “Quando começamos, dissemos que não havia mercado para a Red Bull. Mas a Red Bull vai criá-lo”, disse Mateschitz à Forbes em 2005. “E foi isso que finalmente se tornou realidade.”
20. Pallonji Mistry
Cidadania: indiano
Patrimônio líquido na morte: US$ 15 bilhões (R$ 76,45 bilhões)
Morte: junho de 2022 aos 93 anos
Mistry presidiu o grupo Shapoorji Pallonji, um gigante da engenharia e construção que construiu marcos históricos, incluindo o prédio do Reserve Bank of India em Mumbai e o palácio do sultão de Omã. Ele ingressou na construtora de sua família aos 18 anos em 1947 e assumiu o comando do negócio após a morte de seu pai em 1975.
Sob a liderança de Mistry, sua empresa expandiu para projetos na África, incluindo o escritório do presidente em Gana. Grande parte da fortuna de Mistry veio de ser o maior acionista individual com uma participação de 18,4% na Tata Sons, a holding do grupo Tata.
21. Michael Price
- Cidadania: norte-americano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 1,3 bilhão (R$ 6,63 bilhões)
- Morte: março de 2022 aos 70 anos
Price, um conhecido investidor em valor, dirigia o fundo de hedge MFP Investors. Ele começou sua carreira em finanças como assistente de pesquisa na Heine Securities, em 1975, e comprou a empresa depois que Michael Heine morreu em 1988. Price vendeu a Heine Securities para a Franklin Securities por US$ 670 milhões (R$ 3,41 bilhões) em 1996 e permaneceu como presidente da Franklin Securities até 2001.
22. Julian Robertson
- Cidadania: norte-americano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 4,8 bilhões (R$ 24,47 bilhões)
- Morte: agosto de 2022 aos 90 anos
Pioneiro da indústria moderna de fundos de hedge, Robertson fundou a Tiger Management em 1980. Ele fechou a empresa após uma gestão bem-sucedida de 20 anos e semeou fundos de hedge notáveis, conhecidos como Tiger Cubs, incluindo Chase Coleman’s Tiger Global e Philippe Laffont’s Coatue Management.
Antes de iniciar sua carreira em fundos de hedge, Robertson passou dois anos servindo na Marinha e 21 anos no banco de investimentos Kidder Peabody. Ele também se interessou por escrever, passando um ano na Nova Zelândia em 1978 para escrever um romance autobiográfico que nunca publicou. Robertson foi um filantropo prolífico e doou mais de US$ 1,4 bilhão (R$ 7,14 bilhões) para causas, incluindo pesquisa médica e proteção ambiental.
23. Vito Rodrigues Rodrigues
- Cidadania: peruano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 1,3 bilhão (R$ 6,63 bilhões)
- Falecimento: junho de 2022 aos 83 anos
Rodriguez e seu irmão Jorge fundaram a José Rodríguez Banda SA em 1967, uma empresa de transporte que atendia empresas de mineração. Os irmãos eram proprietários da produtora de leite Gloria SA e participavam de outras empresas de alimentos em países como Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Porto Rico e Uruguai.
24. Lily Safra
- Cidadania: monegasca
- Patrimônio líquido na morte: US$ 1,3 bilhão (R$ 6,63 bilhões)
- Morte: julho de 2022 aos 87 anos
Safra presidiu a Fundação Edmond J. Safra, nome de seu falecido marido, que faz doações para organizações de apoio à educação, ciência e medicina, religião e ajuda humanitária em 40 países. Safra herdou sua fortuna de Edmond, banqueiro que morreu em um incêndio em 1999 em seu apartamento em Mônaco.
>Leia também: Morre Lily Safra, uma das mulheres mais ricas do mundo
Nascida no Brasil, filha de imigrantes judeus na América do Sul, Safra mudou-se para o Uruguai aos 17 anos antes de retornar ao Brasil. Edmond e Lily possuíam casas em Genebra, Londres, Paris, Nova York e Mônaco.
25. Fayez Sarofim
- Cidadania: norte-americano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 1,5 bilhão (R$ 7,65 bilhões)
- Morte: maio de 2022 aos 93 anos
Um egípcio nativo apelidado de “A Esfinge” por seu comportamento calmo e inescrutável, Sarofim imigrou para os Estados Unidos em 1946, estudando na UC Berkeley e Harvard antes de ingressar na área financeira. Ele lançou a empresa de gestão de dinheiro Fayez Sarofim & Co. em 1958 com apenas US$ 100 mil (R$ 510 mil); em 1969, ele tinha mais de 400 clientes e US$ 1,2 bilhão (R$ 6,12 bilhões) sob gestão e adotou Houston como sua cidade natal. Sarofim fez sua primeira aparição na Forbes 400 em 1987. Os ativos sob gestão da Fayez Sarofim & Co. agora chegam a US$ 30 bilhões sob a liderança de seu filho, Christopher Sarofim.
“Sempre afirmei que era preciso alguém do exterior para reconhecer o verdadeiro potencial deste país”, disse Sarofim à Forbes em 1969.
26. Robert Toll
- Cidadania: norte-americano
- Patrimônio líquido na morte: US$ 1,3 bilhão (R$ 6,63 bilhões)
- Falecimento: outubro de 2022 aos 81 anos
Com seu irmão Bruce, Robert Toll fundou a construtora de casas de luxo Toll Brothers em 1967. Sua empresa era conhecida por construir “McMansions”, que remodelou subúrbios em todo o país. Toll liderou a empresa como CEO até 2010 e permaneceu como presidente executivo até 2018. Ele era o maior acionista individual da empresa.