A Petrobras informou que seu Conselho de Administração aprovou o encerramento antecipado do mandato de Caio Paes de Andrade como presidente da companhia, com efeitos a partir de hoje (4).
De acordo com comunicado, o colegiado nomeou o diretor de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen, para ocupar o cargo interinamente.
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A Petrobras disse ainda que Andrade renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração da companhia.
No mês passado Andrade foi convidado pelo novo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para integrar a gestão estadual. Ele será secretário de Gestão e Governo Digital.
Na véspera, fontes disseram à Reuters que Andrade havia renunciado ao cargo de presidente da Petrobras, em movimento que pode abrir caminho para o indicado do novo governo, o senador Jean Paul Prates, para a função de CEO da empresa.
O currículo de Prates precisa ser antes avaliado pelos comitês da Petrobras.
A expectativa do governo é que a renúncia de Andrade possa permitir que Prates venha a ocupar a direção da empresa interinamente, antes mesmo de a assembleia de acionistas da Petrobras confirmar o seu nome, disse uma das fontes à Reuters.
Com mais de 25 anos de atuação no setor energético, Prates tem defendido que a Petrobras eleve seus investimentos em renováveis, em linha com outras petroleiras globais, e na área de refino, em busca de segurança energética.
O senador também tem questionado a política de preços da estatal, que está atualmente alinhada às práticas do mercado internacional.
A participação de Prates em empresas de consultoria do setor de óleo e gás será analisada pelos comitês que avaliam currículos de futuros executivos da Petrobras, mas essa atuação pretérita não é vista como um empecilho para que o político assuma o comando da petroleira, afirmou à Reuters a assessoria de imprensa do senador.
A participação de Prates no setor privado se soma a discussões em curso sobre se a escolha de seu nome poderia ser reprovada pela petroleira devido a possíveis exigências contidas atualmente na Lei das Estatais.
O senador disse, logo após ser indicado formalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está “totalmente tranquilo em relação à Lei das Estatais”.