O iene subia nesta sexta-feira (13), estendendo ganhos da véspera com especulação de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) revisará sua política monetária ultraflexível, enquanto o dólar se fortalecia em relação à maioria das outras principais moedas, deixando uma mínima em sete meses.
Às 14:18 (de Brasília), frente à moeda japonesa, o dólar cedia 1,20%, a ¥ 127,6. O movimento se somou a um ganho de 2,4% na quinta-feira, depois que o jornal Yomiuri disse que autoridades do BoJ vão revisar os efeitos colaterais da política de controle da curva de rendimento em sua reunião na próxima semana.
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O BoJ agarrou-se a uma política mais estimulativa, enquanto a maioria dos bancos centrais em todo o mundo está profundamente envolvida em campanhas de aumento de juros. Porém, os sinais de uma inflação mais rígida e um possível avanço na renda salarial no Japão convenceram alguns investidores de que o controle da curva de rendimento pode ser revisado, ou mesmo abandonado, já na próxima semana, o que abriria as portas para um iene mais forte.
Enquanto isso, dados econômicos melhores do que o esperado na Alemanha e Reino Unido sinalizaram que ambos os países podem escapar de uma recessão –pelo menos por enquanto–, mas as notícias não forneceram um impulso duradouro ao euro ou à libra esterlina.
O euro tinha queda de 0,27%, a US$ 1,0817 dólar, em baixa após atingir mais cedo uma nova máxima em nove meses.
O dólar subia 0,09% contra uma cesta de seis divisas, a 102,300, à medida que o apetite pelo risco diminuiu, e empresas norte-americanas divulgaram resultados mistos.
O dólar atingiu seu nível mais baixo desde 6 de junho mais cedo, após dados na quinta-feira (12) mostrarem arrefecimento da inflação nos Estados Unidos, o que reforçou expectativas de que o Federal Reserve desacelere o ritmo de altas nos juros.
Estrategistas do Goldman Sachs disseram que os dados de inflação de dezembro provavelmente confirmaram uma mudança para elevação de 0,25 ponto percentual em fevereiro, mas alertaram que é muito cedo no processo para os bancos centrais se sentirem confortáveis em declarar vitória.
A libra operava estável, a US$ 1,2202.
O dólar australiano, muitas vezes tido como uma “proxy” de demanda por risco, desvalorizava-se 0,14%, a US$ 0,6962 norte-americano.
No universo das criptomoedas, o bitcoin subia 1,92%, a US$ 19.215. O ether recuava 0,06%, a US$ 1.415,80.