Nesta quinta-feira (2), o Ibovespa fechou em uma baixa de 1,01% a 103.325,61 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 32,1 bilhões. As ações da Petrobras mostraram fraqueza devido às incertezas relacionadas aos próximos passos da petrolífera estatal, mesmo após a divulgação de resultado recorde no quarto semestre de 2022 e o anúncio de dividendos mais robustos.
Na divulgação de seus balanços corporativos, a companhia registrou lucro líquido de R$ 43,34 bilhões no quarto trimestre, alta de 37,6% ante o mesmo período do ano anterior e acima do esperado por analistas, acumulando em 2022 lucro líquido recorde de R$ 188,3 bilhões, 77% a mais do que ante o ano anterior. No entanto, os papéis da Petrobras (PETR4) tiveram uma queda de 2,61% a R$ 24,64.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
Leandro Petrokas, especialista da Quantzed, diz: “A Petrobras soltou um resultado recorde. Ainda assim, o mercado não segue confiante devido ao anúncio de impostos sobre exportação de petróleo e mudança de postura relação ao pagamento de dividendos, com papel caindo hoje, na contramão das outras empresas do setor de petróleo, que apresentam uma recuperação no pregão de hoje depois da notícia de taxação de exportação de petróleo que saiu ontem”.
Na ponta positiva, vale destacar a EDP Energias do Brasil (ENBR3), que teve um aumento repentino de 14,52% a R$ 22,48. A ação disparou após a empresa ter anunciado uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) destinada a fechar seu capital na bolsa. O preço oferecido é de R$ 24 por ação, equivalente a um prêmio de 22,26% sobre o fechamento do papel na véspera.
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street recuperaram as perdas do dia e fecharam em alta apesar dos temores de uma possível recessão econômica. “A expectativa de um aperto monetário mais intenso pelo Fed traz cautela”, afirmou o Departamento de Economia do Bradesco em nota a clientes nesta quinta-feira (2), referindo-se ao Federal Reserve, o banco central norte-americano.
Na Europa, os mercados foram impulsionados por papéis de produtos básicos de consumo e de energia, mas dados mostraram que a inflação da zona do euro permaneceu alta, o que reforçou os temores de que o Banco Central Europeu (BCE) continuará elevando os juros. A inflação dos preços ao consumidor nos 20 países que utilizam o euro subiu 8,5% em fevereiro, em comparação com um aumento de 8,6% no mês anterior.
Na Ásia, as ações de Hong Kong caíram após registrarem seu maior ganho diário em quase três meses na sessão anterior, com as tensões sino-americanas pesando sobre o sentimento dos investidores, enquanto os índices da China perderam terreno antes de uma importante reunião parlamentar.
(Com Reuters)
