O Casino disse nesta segunda-feira (26) que pretende concluir um acordo de reestruturação da dívida com seus credores até o final do próximo mês, informando-lhes que precisa de um aporte de capital de “pelo menos € 900 milhões”.
O grupo também publicou uma apresentação de estratégia atualizada que inclui o desinvestimento adicional de ativos não estratégicos, incluindo no brasileiro GPA e no colombiano Éxito.
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Em fato relevante sobre a informação de que o Casino trabalha na execução em 2023 e 2024 de um plano de venda de ativos “non-core”, que inclui ativos na América Latina, o GPA afirmou que “não possui qualquer informação sobre potencial venda de suas ações pelo controlador”
A rede brasileira afirmou que questionou o Casino nesta segunda-feira e manterá o mercado informado assim que tiver mais detalhes. De acordo com o site do GPA, o Grupo Casino detém 40,9% do capital social da companhia.
Na França, o Casino e os detentores de sua dívida de 6,4 bilhões de euros iniciaram negociações formais no início deste mês, enquanto o grupo recorre por meio de desinvestimentos e um acordo para atrasar impostos e encargos sociais com o governo.
A empresa de consultoria Accuracy “não prevê nenhum problema de liquidez” até o final de outubro, quando termina o período de conciliação legal com os credores, disse o Casino, acrescentando que a venda recentemente anunciada de uma participação acionária no Assaí provavelmente aumentará os recursos líquidos após custos e impostos de 326 milhões de euros.
O grupo acrescentou que, assumindo a manutenção da pausa dos encargos financeiros e amortizações de dívidas após o período de conciliação e tendo em conta a venda de alguns supermercados à empresa Les Mousquetaires, não haverá problemas de liquidez até ao final do exercício de 2023.
“Os credores que ainda não o fizeram foram convidados a se organizarem para facilitar novas discussões com o grupo”, disse a empresa.
Atualmente, o Casino enfrenta duas propostas rivais de 1,1 bilhão de euros para aumentar sua base de ações, uma de seu principal acionista, Jean-Charles Naouri, em parceria com o magnata francês Xavier Niel, e outra dos bilionários Daniel Kretinsky e Marc Ladreit de Lacharriere.