A Eletrobras (ELET3/ELET4) obteve no segundo trimestre lucro líquido de R$ 1,62 bilhão, cifra 16% maior que a registrada um ano antes, segundo balanço trimestral divulgado na noite de segunda-feira.
O Ebitda (sigla em inglês para (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia de energia alcançou R$ 6,6 bilhões no período, alta de 59% no comparativo anual, influenciado principalmente por crescimento de receitas e por reversão de provisões.
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Entre abril e junho, a Eletrobras registrou R$ 1,71 bilhão em reversão de provisões, contra uma contabilização de R$ 2,23 bilhões em igual período de 2022.
O principal destaque foi a reversão de R$ 1,6 bilhão na linha de litígios, em função de acordos judiciais nos processos relacionados ao empréstimo compulsório – principal passivo da Eletrobras.
Com isso, a companhia afirmou que o estoque total de provisão de empréstimo compulsório reduziu em R$ 2,1 bilhões no segundo trimestre, para R$ 22,2 bilhões, refletindo deságios nos acordos firmados e redução de 624 milhões de reais por pagamentos efetuados.
O Ebitda recorrente da companhia subiu 2%, ficando em R$ 5,4 bilhões.
A receita operacional líquida da Eletrobras somou R$ 9,25 bilhões no segundo trimestre (+4% ano a ano), enquanto os custos e despesas operacionais recorrentes alcançaram R$ 5,3 bilhões, alta de 17%.
Em termos de investimentos, foram desembolsados de R$ 1,39 bilhão no trimestre, cifra que corresponde a 85% do que havia sido orçado pela companhia para o período.
Dívida
A Eletrobras encerrou o segundo trimestre com R$ 38 bilhões de dívida líquida ajustada, 152% acima do observado um ano antes.
A alavancagem da companhia ficou em 2 vezes a dívida líquida ajustada sobre Ebitda, ante 0,7 vez um ano antes.
Na véspera, antes de divulgar o resultado trimestral, as Eletrobras anunciou que contratou bancos para uma possível quarta emissão de debêntures simples no valor estimado de R$ 7 bilhões.