Nesta quarta-feira (2), o Ibovespa caiu 0,32% a 120.858,72 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 20,22 bilhões. O mercado operou cauteloso antes da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre os próximos passos do ciclo de juros no Brasil – horas depois o fechamento do mercado, a taxa Selic teve o corte confirmado em 0,50 ponto percentual. Além disso, o cenário desfavorável a risco no exterior, após a agência de classificação Fitch rebaixar a nota de crédito do governo dos Estados Unidos, contribuiu com o tom negativo na bolsa.
O Banco Central mantinha a taxa Selic em 13,75% ao ano desde setembro de 2022, quando interrompeu um progressivo ciclo de altas que tirou a taxa da mínima histórica de 2% — atingida em agosto de 2020, quando a economia sentiu os efeitos da pandemia de Covid-19. A expectativa dominante no mercado era de uma redução de 0,25 ponto percentual na Selic.
Destaques do dia
Liderando as quedas, as ações da Cielo (CIEL3) caíram 8,94% a R$ 4,28, após reportar lucro líquido de R$ 708,5 milhões no segundo trimestre deste ano, alta de 11,5% frente ao mesmo período do ano anterior, diante de elevação de receitas, queda nas despesas e efeito contábil positivo por reversão de provisões. Analistas do Itaú BBA, porém, consideraram o resultado do segundo trimestre fraco e acrescentaram que aumentam as preocupações sobre volumes e dinâmica de custos à frente.
Na ponta positiva, a Cogna (COGN3) e a JBS (JBSS3) subiram, respectivamente, 3,92% a R$ 3,45 e 2,63% a R$ 19,52. A Cogna avançou em meio a perspectivas favoráveis para o resultado do segundo trimestre, que será conhecido na próxima semana.
Leia também:
- Hoje é dia de Selic: saiba onde e como investir com os juros mais baixos
- Fitch rebaixa rating dos EUA de “AAA” para “AA+”; Yellen critica decisão
- Lula defende expansão do Brics, com critérios, como força econômica
No exterior
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street recuaram após a decisão da agência de classificação de risco Fitch de rebaixar a recomendação de crédito do governo dos EUA, afetando o apetite por ativos de risco ao redor do mundo.
A Fitch rebaixou a nota de crédito para AA+, de AAA, citando a perspectiva de deterioração fiscal nos próximos três anos, bem como um crescente fardo da dívida do governo, tornando-a a segunda maior agência de classificação de risco a fazê-lo, após a decisão da Standard & Poor’s em 2011 de retirar o país de sua classificação AAA.
Na Europa, os índices acionários caíram para os menores níveis em duas semanas, em meio a perdas generalizadas, com os investidores fugindo de ativos mais arriscados após o rebaixamento inesperado do rating dos Estados Unidos pela Fitch. O índice de volatilidade EURO STOXX também atingiu o maior nível em nove semanas, refletindo a ansiedade dos investidores.
(Com Reuters)
Confira os bancos americanos que declararam falência
-
Foto: Reprodução/ Forbes EUA First Republic Bank
Data da falência: 01/05/2023
Total de ativos: US$ 229,1 bilhões -
Foto: Reprodução/ Forbes EUA Silicon Valley Bank
Data da falência: 10/03/2023
Total de ativos: US$ 209 bilhões -
Foto: Reprodução/ Forbes EUA Signature Bank
Data da falência: 12/03/2023
Total de ativos: US$ 118 bilhões -
Foto: Reprodução/ Forbes EUA Silvergate Capital
Data da falência: 08/03/2023
Total de ativos: U$ 11 bilhões
First Republic Bank
Data da falência: 01/05/2023
Total de ativos: US$ 229,1 bilhões