Quase 5 mil quilômetros, 11 concessões rodoviárias, 402 milhões de veículos pagantes, 5,2 mil funcionários, 7,5 mil empregos indiretos, investimento de R$ 3,1 bilhões (2022) e receita bruta de R$ 6,7 bilhões (2022). Por trás dos atuais números da EcoRodovias, está Marcello Guidotti, CEO da empresa desde fevereiro do ano passado, após 17 anos de trajetória na holding. Ao assumir o cargo de CFO da EcoRodovias, em 2005, o grupo contava com cerca de mil funcionários e três concessões: Ecovias dos Imigrantes (SP), Ecovia (PR) e Ecosul (RS), esta cocontrolada em 50% com outras empresas do setor de infraestrutura. Desde então, venceu novos leilões, ganhando concessões que incluem ativos como a Ponte Rio-Niterói e o Corredor Ayrton Senna-Carvalho Pinto (SP).
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Italiano de Milão, Marcello graduou-se em economia pela Università degli Studi di Bologna e participou do Programa Executivo da Universidade de Stanford (EUA). Os conhecimentos sobre finanças e contabilidade, somados às experiências anteriores de vida, foram primordiais para melhorar seu entendimento do negócio de concessões no Brasil. O primeiro emprego de Marcello foi nos bastidores de uma cozinha do McDonald’s na Oxford Street (Londres). Antes disso, toda uma jornada no setor de construção junto ao seu pai. Com ele, até os 16 anos, viajou para o Oriente Médio e a América Latina, onde acompanhou grandes obras de infraestrutura e saneamento. “Tenho uma sintonia forte com os ambientes locais e muito prazer pelo trabalho e a sua importância social. Faço questão de presenciar os momentos de conexão com a sociedade”, afirma.
Segundo o próprio, Marcello é uma liderança que empodera colaboradores. Busca desafiar as equipes para novas soluções de governança, diversidade, sustentabilidade e inovação. Cita como principais valores: ética, foco em resultados, iniciativa e colaboração. Entre os desafios, quer consolidar o progressivo crescimento da EcoRodovias e atuar em toda a cadeia de fornecedores que a suporta. “Não significa internalizá-los, mas, sim, estabelecer uma parceria resiliente, embarcada em uma mesma agenda nossa. Estamos com o olhar muito atento e ativo perante todos os que nos atendem para que também possam se tornar empresas eficientes”, explica.
Veja quem são os melhores CEOs do Brasil em 2023:
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KEINY ANDRADE/DIVULGAÇÃO Alberto Griselli, CEO da Tim Brasil
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CLÁUDIO GATTI/DIVULGAÇÃO Bruno Ferrari, CEO da Oncoclínicas
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VICTOR AFFARO Carla Fonseca, CEO da Smiles
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VICTOR AFFARO Isabella Wanderley, CEO da Novo Nordisk
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RAPHAEL BRIEST Marcello Guidotti, CEO da EcoRodovias
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MARCUS STEIMEYER Milton Maluhy, CEO do Itaú
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RAUL KREBS Pedro Bartelle, CEO da Vulcabras
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VICTOR AFFARO Ricardo Mussa, CEO da Raízen
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MARCUS STEIMEYER Tarciana Medeiros, CEO do Banco do Brasil
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VICTOR AFFARO Tereza Santos, CEO da Sympla
Alberto Griselli, CEO da Tim Brasil
O executivo sublinha os desafios e o potencial do Brasil em comparação com outras nações. “Entendemos que os ciclos de desenvolvimento são longos por aqui e as oportunidades são muitas.”Vivendo entre o trabalho, em São Paulo, e a casa de descanso, na Bahia, Marcello não planejou a carreira até aqui e não tem os próximos passos desenhados. “Sigo meus instintos e propósito; entendo os meus limites, convivo com eles.”Apesar disso, é um ansioso confesso. “Pratico exercícios físicos, preciso de bastante silêncio e busco sempre o equilíbrio.”
*Reportagem publicada na edição 112 da revista Forbes, em setembro de 2023.