O Banco Central Europeu (BCE) manteve nesta quinta-feira (25) sua taxa básica de juros em um patamar recorde de 4% e observou que a inflação subjacente continuou a cair, também graças aos altos custos de empréstimos.
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“A tendência de queda da inflação subjacente continuou, e os aumentos anteriores da taxa de juros continuam sendo transmitidos com força para as condições de financiamento”, disse o BCE em comunicado.
Com a decisão de quinta-feira (25), o BCE deixou a taxa que paga sobre os depósitos bancários, a referência para os custos de empréstimos na zona do euro, em 4,0% – seu nível mais alto desde que o BCE foi criado – e repetiu que permanecerá lá por algum tempo.
“O Conselho do BCE está determinado a garantir que a inflação retorne à sua meta de médio prazo de 2% em tempo hábil”, disse o BCE. “Com base em sua avaliação atual, o Conselho do BCE considera que as taxas de juros básicas do BCE estão em níveis que, mantidos por um período suficientemente longo, darão uma contribuição substancial para esse objetivo.”
Antes do anúncio, os investidores estavam apostando que o BCE começaria a cortar essa taxa já em abril e continuaria a fazê-lo em todas as reuniões até o final do ano para deixá-la em 2,50% a 2,75% em dezembro.
Porém, a maioria dos formuladores de políticas do BCE tem tentado esfriar o entusiasmo do mercado, dizendo que são necessários mais dados, principalmente sobre o crescimento dos salários.
As duas outras taxas do BCE também não foram alteradas. Os bancos pagarão 4,50% para tomar empréstimos nos leilões semanais do BCE e 4,75% nos leilões diários.
As atenções se voltarão agora para a coletiva de imprensa da presidente do BCE, Christine Lagarde, às 10h45 (horário de Brasília).