O Ibovespa opera em alta de 0,42% na abertura do pregão desta quarta-feira (03), a 127.858 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores acordam mais aliviados após novas falas do presidente do banco central norte-americano Federal Reserve.
O dólar recuava 0,02% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 5,0393.
O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil avançou em março pela quarta vez consecutiva, renovando uma máxima desde outubro de 2022, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).
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O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 1,0 ponto em março, para 79,5 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (79,8).
“Essa sequência de resultados positivos sugere um primeiro semestre favorável para o mercado de trabalho, mas o patamar ainda baixo do indicador e o ritmo de recuperação não deixam imaginar que essa retomada vai ser em ritmo mais forte do que já vem ocorrendo”, avaliou Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.
“A continuidade desse cenário favorável no ambiente macroeconômico é fator chave para a evolução do indicador.”
Entre os componentes de destaque do IAEmp em março estão os de Emprego Previsto da Indústria e de Tendência dos Negócios de Serviços que contribuíram com 0,6 e 0,7 ponto, respectivamente, para a leitura geral.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, o mercado americano segue em seu movimento de ajuste devido ao receio dos investidores de que o Federal Reserve (FED), o banco central americano, possa manter os juros elevados por mais tempo.
O presidente do FED, Jerome Powell, disse na quarta-feira (3) que a instituição vai precisar de mais provas de que a inflação está caminhando para a meta de 2% antes que as taxas possam cair.
Além disso, as empresas contrataram 184 mil trabalhadores em março, segundo a pesquisa da ADP. O resultado superou a estimativa de 155 mil contratações e aumentou o receio dos investidores de que as taxas possam permanecer mais altas por mais tempo.
Como resultado, os investidores ajustaram suas expectativas para reduções nas taxas. Os contratos futuros indicam uma probabilidade de 62,3% de corte na reunião do FED em junho, abaixo dos cerca de 70% da semana passada.
Por lá, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou mais do que o esperado na semana passada, à medida que as condições do mercado de trabalho foram gradualmente se abrandando.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 9 mil na semana encerrada em 30 de março, para 221 mil em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 214 mil pedidos na última semana.
Na Ásia, o índice acionário japonês Nikkei encerrou em alta nesta quinta-feira, com os investidores comprando ações após uma forte liquidação para realização de lucros nesta semana com o início do novo ano fiscal.
“Os investidores compraram ações nas baixas, já que uma série de vendas relacionadas à realização de lucros chegou ao fim”, disse Naoki Fujiwara, gerente sênior de fundos da Shinkin Asset Management.
O Banco do Japão cortou sua avaliação econômica para a maioria das regiões nesta quinta-feira, mas sinalizou sua confiança de que os aumentos salariais estão se ampliando, deixando espaço para outro aumento nas taxas de juros ainda baixas do país.
Em um relatório trimestral sobre as economias regionais, o banco central disse que havia expectativa de que as empresas menores elevem os salários no mesmo valor que no ano passado ou mais, depois que aumentos consideráveis foram oferecidos aos funcionários por firmas maiores.
“Com fortes aumentos salariais sustentados por dois anos consecutivos, as empresas estão mudando seu comportamento para lidar com o aumento dos custos de mão de obra”, como, por exemplo, aumentar o investimento para simplificar as operações, disse o Banco do Japão.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,22%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,47%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,18%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,81%.
Na Europa, a atividade empresarial da zona do euro expandiu no mês passado pela primeira vez desde maio de 2023, mas a recuperação foi desigual, com um aumento mais forte do que o esperado no setor de serviços compensando uma queda mais profunda no setor industrial, segundo uma pesquisa.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto do HCOB para a união monetária, compilado pela S&P Global e visto como um bom indicador da saúde econômica geral, subiu para 50,3 em março em relação a 49,2 de fevereiro e estimativa preliminar de 49,9.
Esse salto fez com que o índice voltasse a ficar acima da marca de 50 que separa o crescimento da contração.
“Finalmente algumas boas notícias de novo. O setor de serviços da zona do euro está gradualmente encontrando seu lugar, com a atividade se estabilizando em fevereiro e mostrando sinais de crescimento moderado em março”, disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.
As autoridades do Banco Central Europeu estão cada vez mais confiantes de que a inflação está voltando para sua meta de 2% e de que os argumentos a favor dos cortes nas taxas de juros estão se fortalecendo, mostrou nesta quinta-feira a ata da reunião de 6 e 7 de março do banco.
O BCE manteve os custos dos empréstimos em níveis recordes na reunião, mas começou a estabelecer cautelosamente as bases para reduzi-los em junho, argumentando que fez um bom progresso na redução da inflação mesmo que os riscos do crescimento dos salários continuem preocupantes.
“Os membros expressaram maior confiança de que a inflação estava no caminho certo para cair de forma sustentável para a meta de inflação de 2% em tempo hábil”, disse o BCE na ata da reunião.
O Stoxx 600 ganhava 0,01%; na Alemanha, o DAX avançava 0,04%; o CAC 40 em queda de 0,17% na França; na Itália, o FTSE MIB perde 0,10%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,41% no Reino Unido.
(Com Reuters)