O Ibovespa cai nas primeiras negociações desta segunda-feira (17), em uma semana que terá como foco a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na quarta-feira sobre a taxa básica de juros (Selic). O mercado monitora também o cenário de risco fiscal com as declarações do governo brasileiro, enquanto no exterior dados econômicos abaixo do esperado na China levaram à queda do minério de ferro, e o petróleo, por sua vez, subia.
Por volta das 10h30, o Ibovespa tinha queda de 0,26%, aos 119.355,72 pontos. O dólar à vista subia 0,38%, a 5,4014 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,43%, a 5,4070 reais.
Ocorre nesta semana o encontro de junho do Copom. Será a quarta reunião das oito agendadas para 2024. E o resultado deve confirmar uma reviravolta na trajetória dos juros. Após sete cortes sucessivos na taxa referencial Selic, seis deles de 0,50 ponto percentual e o mais recente de 0,25 ponto percentual, há duas hipóteses possíveis.
A primeira, mais branda, é de outra baixa de 0,25 ponto percentual, com o comunicado pós-reunião avisando que não há outros cortes previstos. A segunda hipótese, mais dura e que foi praticamente confirmada em termos de expectativas pelo Focus, é que não haja nenhum corte e a taxa permaneça em 10,50% ao ano.
No cenário doméstico fiscal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse no sábado que está aberto a analisar as propostas de corte de gastos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas enfatizou que os ajustes fiscais não serão feitos às custas dos pobres.
Os comentários do presidente foram feitos depois que Haddad disse que estava focado em intensificar a agenda de cortes de gastos, citando áreas como supersalários no funcionalismo e correção de benefícios “praticados ao arrepio da lei”.
A rejeição pelo Senado de uma medida provisória sobre uso de créditos tributários pelas empresas fez com que os mercados despencassem em meio a preocupações crescentes de que Haddad estivesse perdendo influência no governo.
Na China, a produção industrial de maio ficou aquém das expectativas e a desaceleração do setor imobiliário não mostrou sinais de abrandamento, apesar de medidas de apoio, aumentando a pressão sobre Pequim para sustentar o crescimento.
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Com exceção das vendas no varejo, que superaram as previsões devido a um feriado, a série de dados divulgados nesta segunda-feira foi, em grande parte, pessimista, ressaltando a dificuldade de recuperação para a segunda maior economia do mundo.
(Com Reuters)