Não se trata de uma das principais datas do comércio no calendário. Ainda assim, as expectativas para as vendas do Dia dos Pais em 2024 são bastante otimistas. De um modo geral, a previsão é de que mais de 110 milhões de pessoas comprem presentes para comemorar a data, movimentando dezenas de bilhões de reais.
Afinal, o Dia dos Pais é a quarta data comemorativa mais importante em movimentação financeira do calendário do varejo brasileiro – atrás do Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças. No Brasil, o Dia dos Pais ocorre tradicionalmente no segundo domingo de agosto. Em 2024, será comemorado no dia 11.
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Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas nos setores deve crescer quase 5% neste ano em relação ao ano passado, movimentando R$ 7,7 bilhões. Já a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) prevê que a data irá movimentar mais de R$ 25 bilhões no comércio.
A razão para tanto otimismo está na melhora da renda da população. Dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que a taxa de desemprego no Brasil encerrou o segundo trimestre no menor nível em 10 anos. Além disso, o rendimento médio dos trabalhadores cresceu, indo a R$ 3,2 mil.
Segundo a pesquisa da CNDL realizada nas 27 capitais brasileiras, a média de gastos para o Dia dos Pais deve ser R$ 230. Além disso, a grande maioria dos consumidores pretende pagar o presente à vista, principalmente no pix e no cartão de débito.
Presentes e preferências
Entre as opções de presente, 47% dos consumidores pretendem dar roupas; 35% devem escolher perfumes e cosméticos; calçados aparecem em terceiro lugar na preferência de presente, com 27%.
Porém, é o comércio eletrônico que deve continuar em destaque. No ano passado, as vendas online durante o Dia dos Pais cresceram pouco mais de 6%, com os smartphones no topo da lista de compras. A participação desse gadget nas vendas superou a taxa de 70%. E a tendência é de que esse crescimento continue em 2024.
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Aliás, dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que no ano passado os itens que acumularam as maiores altas de preços foram livros e perfumes, com alta de 8,3%, cada; roupas e restaurantes, com altas de 5,5% e 5,3%, respectivamente. Já entre os itens que ficaram mais baratos ficaram os computadores (-4,3%) e celulares (-2,6%).
Com isso, os preços de produtos e serviços procurados no Dia dos Pais em 2023 subiram mais que a inflação média apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor da FGV. A cesta dos pais acumulou alta de 4,1%, enquanto a inflação média ficou em 2,8%.