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Cenários
O fim de semana foi agitado pela ofensiva israelense contra lideranças do Hezbollah no Líbano. Dois ataques, um no sábado (28) e outro no domingo (29), mataram Hassan Nasrallah e outros oito líderes da organização apoiada pelo governo do Irã e considerada terrorista.
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Não foram os únicos golpes. No domingo, outro ataque matou Fateh Sherif Abu el-Amin, o líder da organização Hamas no Líbano. E Israel também atacou lideranças houthis no Iêmen, no momento mais agressivo de sua ofensiva das duas últimas semanas.
A tensão no Oriente Médio vem crescendo desde outubro de 2023, com o ataque israelente à Faixa de Gaza. A grande dúvida nos últimos meses era se haveria uma escalada das hostilidades que envolveria o Hezbollah, o “Partido de Deus”. Grupo xiita radical apoiado pelo Irã e que se infiltrou no governo do Líbano, o Hezbollah vinha conduzindo ataques sistemáticos a Israel.
Perspectivas
Os ataques podem piorar uma situação já complexa no Oriente Médio. O governo iraniano decretou luto oficial pela morte de Nasrallah e prometeu retaliações. Como o país é um dos líderes na produção de petróleo, uma eventual escalada do conflito pode afetar a oferta global da commodity.
Até agora os preços do petróleo seguem relativamente inalterados devido à forte oferta do produto. Os contratos futuros para novembro do petróleo do tipo Brent estão em uma leve baixa de 0,24% a US$ 71,81 por barril. O Brent é uma referência para a Petrobras.
O principal impacto potencial da escalada bélica no Oriente Médio é a aceleração da inflação pelo aumento dos preços do petróleo. Se confirmada, essa trajetória pode desacelerar o corte esperado dos juros pelo Federal Reserve (FED), o banco central americano.
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