Com a proximidade da temporada de balanços brasileira, os investidores deixam em segundo plano as preocupações fiscais e já começam a colocar o noticiário corporativo em evidência. O resultado se reflete nos ganhos vistos no Ibovespa nesta manhã.
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Por volta das 10h30, o principal índice da bolsa brasileira tinha alta de 0,43%, aos 131.058 pontos. O dólar à vista sobe 0,58%, a R$ 5,7252, ainda de olho nas questões fiscais.
Cenário fiscal
Embora esteja em segundo plano no início das negociações, as preocupações com as contas públicas ainda seguem sendo um limitador de desempenho para o Ibovespa.
E as coisas devem continuar assim pelo menos até que o governo federal entregue o seu novo pacote de medidas de contenção de gastos. Segundo declarações de diversas autoridades na última semana, isso só deve acontecer após o fim das eleições municipais, no próximo domingo.
Enquanto isso, o Relatório Focus, do Banco Central, voltou a elevar a estimativa par a inflação e Selic em 2025.
China
As commodities metálicas também dão algum amparo para a bolsa nesta segunda-feira. Os contratos futuros do minério de ferro fecharam a sessão em alta. Em Dalian, o avanço foi de 1,45%, aos US$ 108,18 por tonelada.
O catalisador do movimento foi a divulgação de dados do setor siderúrgico que mostram que, apesar da preocupação com o estado da economia chinesa, a demanda por aço se manteve firmes.
O governo chinês também segue anunciando medidas para conter a desaceleração econômica. Dessa vez, o país decidiu por reduzir as taxas de empréstimo de referência mensal. O principal objetivo é estimular a construção civil.
Empresas
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- A Vale anunciou na última sexta-feira (18), uma proposta no valor de R$ 170 bilhões para cobrir as despesas com o rompimento da barragem que afetou a cidade de Mariana em 2015. A proposta é que R$ 38 bilhões sejam investidos em medidas de remediação e compensação, R$ 100 bilhões sejam pagos em parcelas ao longo de 20 anos e outros R$ 32 bilhões em obrigações da Samarco.
- O grupo europeu de transporte marítimo MSC anunciou um acordo para a compra da brasileira Wilson Sons por R$ 4,35 bilhões. Com isso, a controladora, que hoje detém 56,47% da companhia, irá sair do negócio.