O Ibovespa começou o primeiro pregão de outubro em alta, avançando 0,41% para 131.826 pontos, nesta terça-feira (1º). O movimento positivo reflete a cautela dos investidores à espera dos dados de empregos nos Estados Unidos, que serão fundamentais para calibrar as expectativas sobre possíveis cortes de juros no país.
Enquanto isso, o mercado brasileiro segue atento ao compromisso do governo em manter as contas públicas equilibradas. O Executivo mantém a meta de déficit primário zero para este ano, o que tem gerado um debate contínuo sobre a viabilidade desse objetivo, especialmente diante de um cenário fiscal apertado.
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Por aqui, membros do Banco Central têm destacado o aquecimento da atividade econômica e reforçado o compromisso com o centro da meta de inflação. Operadores apontam que há 76% de chance de o BC aumentar a Selic — atualmente em 10,75% ao ano — em 50 pontos-base na reunião de novembro.
Nos Estados Unidos, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse em conferência que espera uma redução de 50 pontos-base nas taxas de juros até o final do ano, caso a economia continue em linha com as previsões. O comentário ajustou as expectativas dos investidores: agora, o mercado vê 61% de chance de um corte de 25 pontos-base na reunião de novembro, contra uma previsão anterior que apostava majoritariamente em uma redução de 50 pontos.
Além disso, a semana será marcada pela divulgação do relatório de empregos fora do setor agrícola, na sexta-feira, um dado que pode impactar as perspectivas de política monetária dos EUA.
No Oriente Médio, as tensões geopolíticas aumentaram com a invasão de tropas israelenses ao sul do Líbano, em uma tentativa de enfraquecer o Hezbollah, grupo militante apoiado pelo Irã que vem realizando ataques contra Israel. Apesar do conflito crescente, o preço do petróleo iniciou o dia em baixa de 0,5%. Os contratos futuros do Brent, para novembro, estão cotados a US$ 71,18, refletindo expectativas de aumento da oferta global.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que se reúne nesta quarta-feira (2), deve confirmar um aumento na produção a partir de dezembro, o que tem pressionado os preços para baixo, mesmo com a escalada das tensões na região.
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O dólar à vista caía 0,29%, a R$ 5,4334 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 0,27%, a 5,455 reais na venda.