O Ibovespa abriu em uma forte queda nesta sexta-feira (8), chegando à mínima de 127,5 mil pontos. Às 11h00, o principal indicador do mercado acionário brasileiro estava em queda de 1,2% a 128.160 pontos.
O dólar, outro indicador de risco, está em alta. Às 11h00 a moeda americana era negociada a R$ 5,755, avanço de 1,15% ou R$ 0,065 em relação à quinta-feira.
O resultado gerava percepção de descontrole inflacionário no Brasil, levando investidores a descartarem a moeda brasileira em favor do dólar.
A combinação entre a ausência de notícias sobre o corte de gastos e o fato de o IPCA de outubro ter superado a meta de 4,50% justifica a queda do índice.
“IPCA acima da mediana. Isso puxa juros futuros e a novela do anúncio do pacote fiscal. Há uma grande expectativa do anúncio ainda hoje, o que amenizaria esse desconforto e poderia trazer algum alívio”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.
Na curva de juros brasileira, as taxas de DI apresentavam fortes altas, com os agentes financeiros apostando que o Copom precisará apertar ainda mais a política monetária para controlar a alta dos preços.
O mercado segue na espera do anúncio de um pacote de medidas fiscais pelo governo, que busca garantir a sustentação do arcabouço fiscal.
Na quinta-feira (7) as opções de Copom mostravam uma probabilidade de 37,50 por cento de uma elevação de 0,75 ponto percentual na Selic na próxima reunião, ante uma probabilidade de 32,9 por cento na véspera. Já a expectativa de alta de 0,50 ponto percentual caiu para 55 por cento ante os 59 por cento da véspera.
E uma probabilidade de alta de 1 ponto percentual na Selic, que era zero, passou para 5,5 por cento. Ainda é uma probabilidade pequena. Porém, era uma hipótese inexistente dois dias atrás.
Ações
As maiores altas do Ibovespa eram de empresas de petróleo devido aos bons resultados da Petrobras (PETR4). Petroreconcavo (RECV3) estava em alta de 4,6% a R$ 17,98. Petrobras PN subia 1,7%.
As maiores baixas eram de Lojas Renner (LREN3), com queda de 6%, e CSN Mineração (CMIN3), baixa de 4,5%.
(com Reuters)