O Itaú Unibanco anunciou nesta quarta-feira (29) investimento de US$ 15 milhões (R$ 87,75 milhões) por uma participação de 15% na startup NeoSpace, voltada para o desenvolvimento de modelos fundacionais de inteligência artificial generativa para o setor financeiro.
O maior banco brasileiro em ativos também firmou com a NeoSpace um acordo comercial, que envolve o uso dos modelos base da startup e o desenvolvimento conjunto de produtos exclusivos. O intuito do Itaú é a personalização de produtos e serviços para os clientes do banco de varejo.
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Há, ainda, a previsão de ampliar o uso das soluções de IA criadas pela NeoSpace de forma substancial nos próximos anos.
Com o acordo, o Itaú afirma que terá condições de aprimorar e complementar a forma como utiliza ferramentas conversacionais para dar dicas sobre gestão de finanças, bem como poderá agilizar o processo e aperfeiçoar a gestão e modelagem de crédito do banco, entre outras possibilidades.
O acordo “nos permitirá criar soluções exclusivas, ainda mais preditivas, contextualizadas e hiperpersonalizadas, impactando diretamente no engajamento e na autonomia financeira de nossos clientes”, disse o diretor de tecnologia do Itaú Unibanco, Ricardo Guerra, em comunicado à imprensa.
O aporte fez parte de uma rodada de investimentos que totalizou US$ 18 milhões (R$ 105,3 milhões) e conta com a participação dos “investidores-anjo” Micky Malka (Ribbit), Martin Escobari (General Atlantic), Nigel Morris (QED) e Hans Morris (NYCA).
De acordo com o fundador da NeoSpace, Bruno Pierobon, os modelos são desenvolvidos pela startup para compreender profundamente as necessidades e comportamentos dos clientes, identificar oportunidades de personalização, além de melhorar a eficiência operacional.
A NeoSpace foi fundada em 2024 por Bruno Pierobon, Felipe Almeida e Gustavo Debs, que, no passado, criaram a Zup Innovation, empresa de tecnologia cujo controle foi adquirido pelo Itaú em 2020.