Depois de ser a melhor empresa do Ibovespa em 2024 — com alta de 150% nas ações EMBR3 —, a Embraer não dá sinais de que deve desacelerar tão cedo. Nesta quarta-feira (05), os papéis da companhia avançam quase 15% (a R$ 65,72) após receber um enorme pedido de jatos da Flexjet.
O acordo, avaliado em US$ 7 bilhões (R$ 40,6 bilhões), é o maior pedido de jatos executivos já recebidos pela Embraer — 182 aeronaves. Com ela, a Flexjet irá dobrar o seu tamanho nos próximos cinco anos.
Dentre os modelos escolhidos estão os Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E, além da aquisição um pacote de serviços e suporte.
Essa não é a primeira vez que Embraer e Flexjet trabalham juntas. O primeiro acordo entre as duas companhias aconteceu em 2003, quando a antiga Flight Options foi a primeira companhia a introduzir o jato Legacy Executive em sua frota.
O que pensa o mercado
Apesar das estimativa otimistas do mercado para o potencial de crescimento da Embraer, o novo acordo surpreendeu positivamente o mercado. Tanto é que as ações saltam quase 15% nesta tarde.
Os US$ 7 bilhões acordados se somam aos US$ 4,4 bilhões em jatos por entregar da companhia no segmento executivo, US$ 3,6 bilhões no setor de Defesa e US$ 11,1 bilhões do seu braço de aviação comercial.
Para os analistas da XP Investimentos, o acordo não só reforça o “sólido momento operacional na aviação executiva”, mas também corrobora as perspectivas de entrega de longo prazo da companhia. Recentemente, a companhia passou por uma expansão de sua capacidade de fabricação.
“Vemos com bons olhos o anúncio […], reduzindo os riscos de execução à medida que aumenta a visibilidade da receita e reforçando as perspectivas de crescimento para os próximos anos […], mitigando as preocupações acerca de uma possível baixa de ciclo na Aviação Executiva”, aponta o relatório da XP.
Já o Itaú BBA aponta que o acordo foi “inesperado” e deve reforçar a confiança do investidor no bom momento da Embraer. Segundo o banco de investimentos, o segmento de avição executiva e o oferecimento de serviços e suporta são os principais vetores de crescimento da companhia.