
O número de americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou ligeiramente na semana passada, sugerindo que o mercado de trabalho permaneceu estável em março, embora as perspectivas estejam se tornando mais sombrias em meio às crescentes tensões comerciais e aos profundos cortes nos gastos do governo.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 2 mil, para 223 mil em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada no sábado (15), informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (20). Economistas consultados pela Reuters previam 224 mil pedidos para a última semana.
Os pedidos têm oscilado no meio da faixa de 203 mil a 242 mil neste ano, com as demissões em geral permanecendo baixas e as contratações arrefecendo.
Um programa separado de apoio ao desemprego para funcionários federais (UCFE), que é relatado com uma semana de atraso, ainda mostrou pouco impacto das demissões de funcionários públicos pelo governo do presidente Donald Trump como parte de um esforço sem precedentes para reduzir o governo.
Analistas afirmaram que algumas demissões realizadas pelo Departamento de Eficiência Governamental (Doge), do bilionário da tecnologia Elon Musk, tiveram uma condução que dificulta a solicitação de seguro-desemprego por parte dos trabalhadores demitidos.
O governo reconheceu em um processo judicial nesta semana que 25 mil trabalhadores recém-contratados foram demitidos. Um juiz determinou que suas demissões eram provavelmente ilegais, o que resultou na reintegração deles, embora tenham sido colocados em licença administrativa ao menos temporariamente.
A campanha de tarifas de Trump afetou a confiança das empresas, com economistas dizendo que a volatilidade dessa política estava dificultando o planejamento.
Na quarta-feira (19), o Federal Reserve manteve sua taxa de juros de referência na faixa de 4,25% a 4,50%, em um aceno para a incerteza que ronda a economia. Entretanto, as autoridades do banco central dos EUA indicaram que ainda preveem reduzir os custos dos empréstimos em meio ponto percentual até o final do ano.