
O presidente norte-americano, Donald Trump, disse na quarta-feira (9) que um possível acordo para desmembrar os ativos do TikTok nos Estados Unidos ainda está “na mesa“, dias após o negócio ser suspenso.
Vários senadores dos EUA têm criticado o acordo proposto, mas Trump o defende.
“Temos um acordo com algumas pessoas muito boas, algumas empresas muito ricas que fariam um ótimo trabalho com isso, mas teremos que esperar para ver o que acontecerá com a China”, disse Trump a repórteres no Salão Oval. “Está na mesa, com certeza.”
Na última sexta-feira, Trump estendeu o prazo para que a ByteDance, sediada na China, se desfaça dos ativos do TikTok nos EUA, o aplicativo de vídeos curtos usado por 170 milhões de norte-americanos, sob pena de proibição. O acordo deve ser fechado até 19 de junho, data em que o banimento entra em vigor.
Trump já prorrogou duas vezes o prazo para aplicação da proibição, originalmente prevista para entrar em vigor janeiro.
O acordo criaria uma nova empresa sediada nos EUA que opera o TikTok no país e que seria majoritariamente controlada e operada por investidores norte-americanos. O plano envolve separar a operação do TikTok nos EUA e diluir a participação chinesa, disseram fontes à Reuters.
Os senadores democratas Mark Warner e Ed Markey afirmaram que Trump não tem autoridade legal para estender o prazo. Warner também disse que o acordo que está sendo considerado provavelmente não atenderia aos requisitos legais.
O presidente do Comitê de Inteligência do Senado, Tom Cotton, observou na quarta-feira que muitos investidores norte-americanos querem comprar o TikTok, mas alertou que eles devem cortar todos os laços com a China.
O TikTok não comentou de imediato.
Uma fonte próxima aos investidores norte-americanos da ByteDance disse que os trabalhos no possível acordo continuam até o prazo de 19 de junho, mas que a Casa Branca e Pequim precisarão resolver a disputa tarifária antes.