
A Gol anunciou nesta terça-feira (15) que a volatilidade criada pelas tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez a empresa adiar prazo para investidores analisarem propostas para um financiamento de US$1,9 bilhão à companhia aérea.
A empresa afirmou em comunicado ao mercado que o chamado financiamento de saída (do processo de recuperação judicial) teve prazo de propostas adiado de 19 de abril para 15 de maio.
“Como consequência das oscilações significativas nos mercados de capitais globais provocadas pelas tarifas anunciadas pelo presidente Trump em 2 de abril”, a Gol afirmou no comunicado que os investidores potenciais foram notificados pela Seabury Securities, que atua como banco de investimento para a empresa, sobre a prorrogação em 4 de abril.
A Gol afirmou no comunicado desta terça-feira que a divulgação foi obrigatória em meio ao processo de recuperação judicial atravessado pela companhia nos EUA. A empresa citou que, “se as condições de mercado melhorarem”, o prazo para os compromissos vinculantes dos investidores “será antecipado”.
Segundo a empresa, antes de obter a prorrogação, a Seabury definiu provisoriamente um cupom de 13,875%, um desconto de emissão igual a 1,5% (OID) e taxas de compromisso, que variam de acordo com o montante a ser investido.
A Gol espera que a audiência de confirmação ocorra em 20 de maio.