Comemorado anualmente em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher foi instituído oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975. Já naquela época, a finalidade era relembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.
Mais de 40 anos depois, pode-se dizer que um longo caminho foi percorrido em busca de mais equidade e direitos, mas os dados ainda escancaram os obstáculos. Em estudo publicado pela ONU em 2020, foi constatado que cerca de 90% da população mundial tem algum tipo de preconceito contra mulheres.
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Apesar dos desafios, as mulheres têm mostrado sua força produtora e seu potencial econômico para o país. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, apontam que 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil.
Para celebrar a data que deve ir muito além de flores e chocolates, convidamos 8 colunistas do time Forbes para indicarem livros, séries e filmes que as marcaram sobre mulheres com histórias inspiradoras, dentro e fora da ficção.
Veja, na galeria a seguir, as indicações das colunistas da Forbes:
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Reprodução/Forbes Donata Meirelles, colunista de lifestyle
Série: “Madam C. J . Walker”, da Netflix
A história é uma inspiração para todas as mulheres. O seriado em quatro episódios, que assisti em um dia, conta a história da primeira mulher negra nos Estados Unidos a enriquecer por conta própria: Madam C.J Walker, interpretada pela maravilhosa atriz Octavia Spencer. Mostra todas as suas dificuldades e vitórias naquele momento tão difícil no início de 1900.
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Reprodução/Forbes Carolina Centola, colunista de lifestyle, especializada em vinhos
Livro: “A Viúva Clicquot – A História de um Império do Champanhe e da Mulher que o Construiu”, Tilar J. Mazzeo
Eu indico porque conta a história da Mme. Ponsardin, que ficou viúva aos 27 anos e revolucionou o mercado de champanhe com diversas inovações.
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Reprodução/Forbes Carolina Centola, colunista de lifestyle, especializada em vinhos
Livro: “Catarina, a Grande: Retrato de uma Mulher”, Robert K. Massie
O livro me impressionou pela perspicácia que essa princesa alemã levada à Rússia teve, ao se encontrar em um casamento não feliz, mas obrigatório e, como ela transformou toda a sua frustração em criatividade positiva. Inclusive num golpe de Estado. O Museu Hermitage, em São Petersburgo, não existiria se não fosse por ela. Patrocinou grandes filósofos, escritores e artistas.
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Reprodução/Forbes Carol Sandler, colunista de finanças
Livro: “O Momento de Voar”, Melinda Gates
Melinda é, por si mesma, uma mulher inspiradora com uma jornada incrível que a levou a cofundadora da maior entidade filantrópica do planeta, a Gates Foundation. No entanto, ela vai além no livro e mostra como transformar a vida das mulheres ao redor do globo. Ela entende o papel multiplicador da mulher e defende que o empoderamento feminino beneficia toda a sociedade, promove a prosperidade e melhor a saúde de todos. Leitura imperdível!
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Reprodução/Forbes Cíntia Chagas, colunista de língua portuguesa
Livro: “Madame Bovary”, Gustave Flaubert
“Madame Bovary” explicita, nua e cruamente, a frustração e o desespero de Emma, uma mulher sonhadora cuja idealização acerca do casamento cai por terra assim que ela se une matrimonialmente a um homem sem grandes aspirações. Psicologicamente intensa e instigante, a personagem Emma deu origem ao termo “bovarismo”, que remete a um certo escape da realidade. Lançada em 1856 na França, essa obra de Gustave Flaubert, como todo clássico, é mais do que atemporal, pois contesta padrões sociais, revela tabus e questiona a síndrome de Rapunzel presente em muitas de nós.
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Reprodução/Forbes Flavia Camanho, colunista de ESG
Livro: “A Deusa em Nós”, Ethel Morgan
Considero um livro de cabeceira, um guia para entender 10 maneiras existentes de ser mulher.
O livro fala sobre a manifestação do nosso feminino em várias formas.
Num formato de livro de consultas, traz cartas, palavras-chave e questões para uma boa reflexão sobre a potência dos múltiplos papéis que podemos exercer no mundo. -
Reprodução/Forbes Camila Farani, colunista de empreendedorismo
Livro: “Como As Mulheres Chegam Ao Topo”, de Marshall Gosdsmith e Sally Helgesen
Indico por motivos óbvios que o próprio título já diz. Inclusive, o subtítulo deste livro é “elimine os 12 hábitos que impedem você de alcançar seu próximo aumento, promoção ou emprego”.
Os autores são especialistas em liderança e são responsáveis por treinar muitas pessoas bem-sucedidas, incluindo mulheres. O grande ensinamento deixado na obra é que as mulheres, como sabemos, ainda são encaradas de forma diferente no mercado de trabalho e isso se deve tanto a fatores culturais infelizmente enraizados em nossa sociedade, quanto às características da maioria das mulheres, que fazem com que elas cultivem hábitos muitas vezes prejudiciais para suas carreiras, como por exemplo, dizer sim para tudo (ou pelo menos quase tudo), não valorizar suas próprias conquistas e até mesmo não saber falar sobre elas.
Quero indicar essa obra principalmente às mulheres que querem avançar em suas carreiras e entendem que para isso, precisam eliminar alguns hábitos.
Destaco uma frase importante do livro: “O problema no caso dos hábitos é que eles tendem a continuar com você, mesmo que as condições que o iniciaram não existam mais. […] Em outras palavras, seus hábitos não são você. Eles são você no piloto automático”.
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Reprodução/Forbes Camila Farani, colunista de empreendedorismo
Série: “Coisa Mais Linda”, da Netflix
A série que eu indico é brasileira, sobretudo pela representatividade da mulher ao longo de todos os episódios, com a presença feminina retratada de maneira que rompe com os paradigmas da época.
O enredo se passa nos anos 1950, no Rio de Janeiro, cada personagem com sua narrativa particular, mostra traços de personalidade que revelam como era ser mulher naquela época, seus dilemas, escolhas e oportunidades mesmo diante de tantas restrições.
E das lições que podemos aprender com a série, destaco a autonomia, inspiração, disrupção e empreendedorismo. Todos esses tópicos me chamam a atenção, mas a veia empreendedora presente em uma das personagens é o que destaco e admiro, já que mesmo diante de tantos percalços não desiste de seus planos.
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Reprodução/Forbes Helen Jacintho,colunista de agronegócio
Livro: “A Fazenda Africana”, Karen Blixen
Li faz muitos anos e gostei do livro da Karen Blixen que se chama “A Fazenda Africana” , que depois se tornou o filme “Entre Dois Amores”, que é muito bom, mas como acontece na maioria dos casos, não é melhor que o livro. Blixen conta com detalhes os desafios de sua história, uma dinamarquesa, que no final da década de 1930, se muda para o Quênia durante dez anos, para tocar sozinha uma fazenda de café. Ela aborda temas como a natureza, como ela se recusa ao papel de “colonizadora dominante” e respeita as peculiaridades da região.
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Reprodução/Forbes Helen Jacintho,colunista de agronegócio
Filme: “Colette”, disponível no Amazon Prime Video
O filme conta a história de Gabrielle Colette, uma escritora que teve sua obra “usurpada” pelo marido, que publicava os livros dela, como se fossem escritos por ele, chegando a escravizá-la para que escrevesse, até que ela se rebelou, tornando-se um ícone na luta pelo reconhecimento feminino.
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Reprodução/Forbes Helen Jacintho,colunista de agronegócio
Filme: “Joy: O Nome do Sucesso”, disponível para aluguel e compra no Looke, AppleTV, Google Play, Claro Vídeo e Microsoft Store
“Joy” conta a história de uma mulher que inventa o “mop”, um tipo de esfregão muito usado nos EUA e popularizado pelo mundo. Ela criou o produto e teve uma tenacidade incrível até conseguir que a ideia pegasse e seu produto se tornasse um item comum em toda casa americana, o que lhe rendeu uma fortuna.
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Reprodução/Forbes Camila Yunes, colunista de lifestyle
Documentário: “Marina Abramovic: A Artista Está Presente”, não disponível em streaming no Brasil”
“The Artist is Present” (“A Artista Está Presente”) é uma performance realizada no MoMA por Marina Abramovic em 2010, que se constitui de uma retrospectiva de seus trabalhos junto a uma performance inédita. Na performance, Abramovic está pessoalmente presente no museu durante todo o período da exposição em um cenário composto por uma mesa, duas cadeiras e um grande espaço vazio ao redor. A artista se localiza diante da mesa, sentada em uma cadeira de frente para uma cadeira vazia, que eventualmente é ocupada por um visitante do museu.
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Reprodução/Forbes Camila Yunes, colunista de lifestyle
Documentário: “Beyond the Visible: Hilma Af Klint”, (“Além do Visível: Hilma Af Klint”, em tradução livre) não disponível em streaming no Brasil
A história da artista austríaca, à frente do seu tempo, pioneira do movimento abstrato mas com a consciência de que uma artista mulher não tinha o mesmo lugar que os artistas homens na sociedade em que vivia. Na sua morte deixou claro no testamento que as obras dela deveriam ser reveladas ao mundo em conjunto e só 20 anos depois da morte dela. Em 2019 a artista teve uma grande retrospectiva no Guggenheim em NY, “Hilma Af Klint: Paintings for the Future” (“Hilma Af Klint: Pinturas para o Futuro”, em tradução livre).
Donata Meirelles, colunista de lifestyle
Série: “Madam C. J . Walker”, da Netflix
A história é uma inspiração para todas as mulheres. O seriado em quatro episódios, que assisti em um dia, conta a história da primeira mulher negra nos Estados Unidos a enriquecer por conta própria: Madam C.J Walker, interpretada pela maravilhosa atriz Octavia Spencer. Mostra todas as suas dificuldades e vitórias naquele momento tão difícil no início de 1900.
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