Como alguém que fala sobre empreendedorismo feminino, gosto muito do livro “Dare to Launch: Mini MBA for First-Time Entrepreneurs” de Anne Cocquyt (Ouse lançar: Mini MBA para empreendedoras iniciantes, em tradução livre) e seu manual. É leve na teoria e pesado nos conselhos práticos com uma série de exemplos femininos a serem seguidos.
A maioria dos livros de empreendedorismo é voltada para uma mentalidade masculina e o tipo de modelo de negócios que eles criam, como empresas SaaS (Software as a Service). Muitas mulheres iniciam empresas B2B, mas também lançam empresas de saúde, bem-estar, alimentação, moda e beleza.
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Esses livros empresariais dirigidos aos homens não fornecem modelos femininos nem abordam os desafios comuns que as mulheres enfrentam. Essas questões incluem preconceito, perfeccionismo, síndrome do impostor e muito mais. “Dare to Launch” baseia-se na experiência de Cocquyt como empreendedora e nos seus dois anos de experiência ensinando o programa de oito semanas da GUILD Academy para outras 200 empreendedoras.
Para quem pensa grande
Para aquelas que estão iniciando empresas de crescimento rápido e buscam levantar capital anjo e de risco, “Dare to Launch” é uma ótima preparação pré-aceleradora. Mas também é um livro valioso para empreendedoras solo – que também podem ousar pensar grande.
Cocquyt é séria. Ela prototipou novas ideias em 48 horas e arrecadou dinheiro para elas. No entanto, não conseguiu levantar capital para outro projeto, então entende por experiência própria como o empreendedorismo é uma montanha-russa. Ela investiu em startups, entre elas uma que duplicou seu dinheiro em dois meses após o lançamento.
Seu livro resume os momentos “uau” dos empreendedores que passaram pelo GUILD. Ele também reúne a sabedoria coletiva de mais de 100investidores, autores de best-sellers e especialistas em empreendedorismo na rede de Cocquyt.
Na realidade, os homens são julgados pelo potencial e as mulheres por sua experiência passada. Seja como os homens veem as mulheres, as mulheres veem outras mulheres ou como você se vê, o preconceito está embutido em nossa cultura. “As mulheres sempre tiveram que trabalhar mais para chegar ao mesmo nível”, afirma Cocquyt. Você tinha que fazer isso na escola, no mundo corporativo, e mesmo quando saía por conta própria e começava seu próprio negócio. Velhos hábitos custam a morrer.
Esqueça a perfeição
“As mulheres precisam desaprender essa necessidade de serem perfeitas”, diz ela. Existem maneiras de testar ideias não tão perfeitas, para que não prejudiquem sua reputação. “Existem exercícios e estruturas no livro que permitem que você dê um pequeno passo para testar o que está funcionando e o que não está, permitindo que você seja ágil.”
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Desaprender a maneira como você fez as coisas por décadas pode ser emocional. “A única maneira de fazer isso é fazendo”, conta a autora. “Você tem que se colocar lá fora.” O livro fornece exercícios para ajudá-lo a seguir em frente. Um deles é fazer algo desconfortável todos os dias durante 100 dias.
“Para diminuir o bloqueio e não se sentir envergonhada ou quaisquer emoções que venham com isso, você precisa do apoio de uma comunidade que está lá para lhe dizer que está tudo bem. Muitas mulheres pensam que têm que fazer tudo sozinhas porque é assim que sempre aconteceu”, afirma.
Quer você chame sua comunidade de sua equipe, de tribo ou qualquer outra coisa, você precisa deles ao seu lado na jornada empreendedora. Você pode encontrá-los em grupos do LinkedIn, câmaras de comércio, associações de mulheres, grupos de mentores, um curso de GUILD ou em outro lugar. São modelos e conselheiros. Eles torcem por você quando as coisas vão bem e dão o colo quando dão errado. São redes de apoio. E, muitas vezes, também estiveram no mesmo barco.
Você pode ser uma aspirante a empreendedora que ainda não articulou totalmente uma ideia que deseja seguir. Em “Dare to Launch”, Cocquyt sugere o uso de uma estrutura apresentada por Jonathan Littman, autor do best-seller “The Art Of Innovation: Lessons in Creativity da IDEO”, uma empresa de design e consultoria.
Cultive uma mentalidade empreendedora ao:
- Trazer a curiosidade de uma antropóloga.
- Ter a empatia de uma cuidadora
- Procurar o que está faltando.
Analise suas ideias pelos fatores:
- Experiência
- Paixão
- Singularidade
- Recursos
- Potencial retorno
Definir o seu “porquê” é fundamental. Seu “porquê” é uma expressão de seus valores e permite que você se alinhe com outras pessoas que os compartilham. As partes interessadas incluem cofundadores, funcionários, fornecedores, investidores e muito mais. Cocquyt recomenda assistir ao popular TED Talk de Simon Sinek para ajudá-lo a definir o seu.
Seja qual for a sua ideia, ela precisa causar impacto em seus usuários. J Li, do Prototype Thinking Labs, sugere que você “Pergunte a seus usuários o quanto essa experiência foi valiosa para eles em uma escala de 1 a 10”. O objetivo é levar seu cliente pelo menos três degraus acima na escala de felicidade.
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Um dos meus conselhos favoritos em “Dare to Launch” é que, a menos que alguém lhe peça um, não escreva um plano de negócios. Atualmente, os mercados e a economia estão mudando rapidamente e, assim que a tinta secar no seu plano, ele estará desatualizado.
Ser rápido e ágil é o que importa. Use a metodologia da Lean Startup. É o processo de fracassar testando e melhorando seus produtos mínimos viáveis. Use o Business Model Canvas para mapear quem comprará seu produto e como você ganhará dinheiro. Essas e outras ferramentas te ajudam a assumir riscos pequenos e calculados, aprendendo com elas a reduzir o risco do seu empreendimento.
Qual é o seu “porquê?”
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