Hoje (17), a sede da ONU, em Nova York, se tornou palco para discussões sobre gênero em painel do evento “SDGs in Brazil”, que acontece durante a semana e faz parte da 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, entre 12 e 27 de setembro.
A cidade recebe figuras brasileiras importantes, como o apresentador Luciano Huck, Celso Athayde, da Favela Holding, e Nina Silva, do Movimento Black Money, para debater diversos assuntos relacionados aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU no Brasil.
Foram 12 painéis, que apresentaram e discutiram iniciativas de empresas ligadas à Agenda 2030 da ONU, um plano global para atingir um mundo melhor e que leva em conta equidade racial, equidade de gênero, salário digno, entre outros temas. Mais de 230 CEOs e líderes empresariais brasileiros estiveram presentes no evento.
O painel na ONU sobre igualdade de gênero – especialmente focado em como conscientizar e engajar o alto escalão das empresas nesse sentido – foi apresentado pela fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Ana Fontes. O objetivo da RME é capacitar mulheres para conquistar a independência financeira, criando negócios relevantes que geram impactos positivos na sociedade.
“Quando uma mulher dá certo, ela não investe só nela, e sim em melhorar a educação dos filhos, o bem-estar da família. Ela emprega outras mulheres e melhora a comunidade onde ela está”, diz a executiva.
Para debater o tema, ao lado dela estiveram Ann Rosemberg, vice-presidente de desenvolvimento sustentável da multinacional britânica Woods; Isabel del Priore, diretora de negócios da Animale – primeira marca de moda embaixadora do Movimento Elas Lideram 2030, do Pacto Global da ONU –; Paula Kovarsky, vice-presidente de estratégia e sustentabilidade da Raízen; e Júlio Campos, CEO da Compra Agora, holding independente da Unilever.
“Acredito que seja nosso papel, como liderança, fortalecer e encorajar as mulheres para ocuparem o papel de protagonistas das suas próprias vidas e histórias. É muito importante que a tomada de decisão nos negócios seja cada vez mais inclusiva e representativa”, afirma Isabel, que já atingiu na Animale a meta estabelecida pelo Movimento Elas Lideram de ter metade dos cargos de sucessão ocupados por mulheres. Dessas, 25% serão pretas e pardas.
Outras empreendedoras e executivas também foram debatedoras em painéis. Entre elas, Denise Hills, diretora global de sustentabilidade da Natura, para falar sobre salário digno; Fernanda Ribeiro, cofundadora e CCO da Conta Black, sobre equidade racial; Jandaraci Araujo, CFO da 99 Jobs, sobre finanças; e Rachel Maia, CEO da RM Consulting, sobre liderança.