Depois de 20 anos de carreira em agência de publicidade e veículos de comunicação, Giuliana Sesso repensou os próximos passos de carreira e se deu conta que não estava fazendo algo que acreditasse, apesar de ocupar uma vaga desejada. “Estava na cadeira em que muitas mulheres queriam estar sentadas, mas não tinha a ver com as bandeiras que carrego”, diz Sesso.
Naquele momento, ajudar a vender produtos para a massa e a criar necessidades que não tinham a ver com sua visão sobre o consumo. “Não queria mais um relacionamento com o consumidor a partir do bolso”, conta. Diante daquela reflexão, ela tomou a decisão de deixar um cargo de diretora de marketing para uma nova carreira. Em 2019, abriu seu próprio escritório, voltado para o que chama de “marketing do bem”.
Segundo essa ideia, Giuliana Sesso conecta marcas a consumidores que tenham ligação com seus valores. “Muitos clientes me procuram porque querem contar suas histórias com verdade e estabelecer um relacionamento com seus clientes”, explica. Produtos de beleza feitos com ingredientes orgânicos e naturais, como a marca de cosméticos para cabelos Laces, estão entre alguns dos clientes de seu escritório.
Para a Laces, Giuliana está ajudando a comunicar a ida da marca à COP 27, a conferência do clima que acontece em novembro no Egito. “Faz sentido mostrar aos clientes que consomem os produtos da marca o que está sendo feito para além do produto em si. Assim as pessoas se identificam e se sentem mais conectados.”
Mais recentemente, Giuliana Sesso criou um braço de gerenciamento de carreiras de personalidades. Não se trata de influenciadores, mas de pessoas mostrando aspectos inspiradores de sua vida real, como a educadora física Cau Saad. Para isso, criou a hashtag #publicidadecomverdade e passou a ligar essas pessoas a marcas que de fato consomem em seu dia a dia. Assim, quem vê passa a questionar seu próprio consumo e a comprar de uma maneira mais consciente, em sua visão.
“Em vez de ir ao restaurante da moda, esperar horas para entrar, gastar muito para ver e ser visto, por exemplo, talvez seja mais importante será que não é mais bacana tomar um vinho com seus amigos no restaurante perto de casa?”, questiona. É esse tipo de pergunta que a empreendedora gosta de se fazer ao pensar em eventos e ações para quem a contrata e em criar ações e eventos que gerem conexão entre marcas, ideias, produtos e, obviamente, pessoas.