Hey Tech Lady,
Como engenheira, tenho meus problemas com homens no local de trabalho, mas as mulheres podem ser ainda mais desafiadoras às vezes. Algumas das mulheres com quem trabalho são competitivas, negativas, e fico desconfortável perto delas. Isso é comum? Você tem sugestões sobre como lidar com isso?
— Jen P., engenheira de software, via LinkedIn
Eu amo tantas coisas sobre ser mulher: compaixão, sensibilidade, carinho, para citar algumas. Depois, há aquelas outras características, que são inevitavelmente pronunciadas em voz baixa. Não me interpretem mal, qualquer ser humano pode ter essas qualidades. Qualquer um, em qualquer lugar, a qualquer hora. Mas nós, mulheres, tendemos a experimentá-las regularmente.
Ao longo da minha carreira de anos suficientes para não querer compartilhar quantos, a estrada longa, sinuosa e esburacada foi pavimentada com uma infinidade de personalidades e de situações com outras mulheres.
Quando penso nas minhas experiências pessoais com outras mulheres, uma história se destaca entre todas as outras. Foi meu primeiro trabalho como gerente e com uma subordinada direta, a ‘Jane’. Ela trabalhava na empresa há vários anos quando entrei como a novata.
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Quando nos conhecemos, a cena saía direto do roteiro de um filme de garotas malvadas. Eu fui toda sorrisos e boas maneiras quando ofereci um aperto de mão. Jane foi silenciosa e mal tocou meus dedos. A fonte de seu ressentimento foi rapidamente revelada como a promoção que ela perdeu com a minha contratação.
Se você ainda não percebeu, sou persistente e não desanimo facilmente. Então eu continuei sendo bondosa e afetuosa com ela. Jane não apenas não se mexeu, mas também se esforçou para me ajudar com respostas de uma palavra, expressões faciais de irritação e panelinhas que eu honestamente não tinha experimentado nem na escola.
Como ela havia dominado a situação social, tentei me aproximar sentando na sua mesa de almoço já cheia de colegas do trabalho, apenas para todos se levantarem e saírem juntos. Eu não sabia como reverter a situação, mas tinha que tentar.
E aqui estão as recomendações nas quais passei a confiar.
Por favor, não leve para o pessoal
A maioria dos especialistas vai dizer para você tentar não levar para o lado pessoal. Ok. Passamos mais tempo no trabalho do que em casa, então como não fazer isso? É normal. O que você deve fazer, porém, é não reagir a isso em seu tom de voz, com palavras ou com sua linguagem corporal. Resista à tentação de ganhar o prêmio de melhor resposta em emails, mantenha um tom agradável e equilibrado nas conversas, seja positiva. Quanto menos você reage, mais a atitude dela se destaca negativamente.
Tapa com luva de pelica
Só porque você não deve reagir não significa que você deve deixar isso passar. Seja assertiva, profissional, elabore suas palavras com cuidado. Ao responder, adicione um ‘por favor’, ‘obrigada’, diga com um sorriso. Não deixe ninguém pisar em você, mas certifique-se de não ser rotulada como uma agressora.
Conhecendo melhor
Muito desse comportamento nasce de se sentir ameaçada e tentar lutar pela posição de mulher alfa. Você pode afastar a ameaça conhecendo a pessoa que se sente ameaçada. Convide a colega de trabalho para almoçar ou tomar café. Pergunte sobre ela. Seja aberta sobre você. Se o mistério que te cerca for removido, a ameaça se dissipa.
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Frente a frente
Se isso não resolver, agende um bate-papo, só você e a pessoa. Seja direta e assertiva, não agressiva e combativa. Diga a ela em um tom sereno que você sentiu que há algum atrito entre vocês e gostaria de conversar sobre isso, honesta e profissionalmente. Você ficaria surpresa com o quanto as pessoas apreciam uma discussão direta. Ela provavelmente está procurando uma oportunidade para desabafar sobre você, então por que não para você?
Se você não se sentir confortável com um cara a cara, um mediador é sempre uma opção. Se o seu gerente não faz parte do problema, ele é sempre uma boa pessoa para arbitrar a luta e manter as coisas calmas. Eu moderei conversas difíceis para os membros da minha equipe muitas vezes e nunca tive um resultado ruim.
Guarde as provas
Preciso enfatizar esse ponto. Infelizmente, tive que usar minhas provas no passado. Se não precisar, só você sabe que guardou. Exclua. Se precisar, está à disposição. Lembre-se de que você pode conversar informalmente com o RH e com seu gerente sobre sua colega de trabalho para obter conselhos, mas, se você tentou e tentou e não teve nenhuma mudança, às vezes vai precisar recorrer a isso.
Hora de dar tchau
Nem toda dica será aquela que você deseja ouvir e essa se enquadra nessa categoria. Às vezes, não importa o que você faça, a situação pode não mudar para melhor e você precisa tomar a difícil decisão de sair. Não há vergonha nisso, acontece. Apenas certifique-se de alinhar o próximo trabalho antes de dizer ao antigo que você está fora de lá.
Infelizmente, na minha situação com a ‘Jane’, tive que recorrer à saída. Usei todas essas sugestões, e nessa ordem. Elas funcionam quando é possível. Fico perplexa com o fato de que, apesar de todas nós termos sido vítimas disso uma vez ou outra, ainda vitimizamos umas às outras. Talvez nós, mulheres, devêssemos nos concentrar em apoiar umas às outras em primeiro lugar, e não haverá nenhuma situação para consertar. Não podemos todas nos dar bem?