Veja como Whitney Wolfe Herd, CEO do Bumble, criou um negócio bilionário voltado para a segurança das mulheres nos relacionamentos
Whitney Wolfe Herd, a fundadora e CEO do app de namoro Bumble, deixou o Tinder, depois de ser vp de marketing da plataforma, acusando seus cofundadores de assédio sexual e discriminação. Ela queria um aplicativo que desse à mulher o poder de escolher.
Foi tão bem que, em 2021, com o IPO da empresa, entrou para a lista da Forbes como a mais jovem bilionária self made, aos 31 anos. Na época, o valor de mercado chegou a US$ 1,6 bilhão. “Sempre estivemos no negócio de ajudar a conduzir relacionamentos saudáveis e igualitários e, originalmente, colocamos as mulheres no controle de enviar a primeira mensagem.”
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Em 2016, lançou o Bumble BFF para quem quer fazer amizades e, em seguida, lançou o Bumble Bizz, para networking profissional. Herd já foi Forbes Under 30 da Forbes USA em 2017 e, em 2021, sua criação foi nomeada um dos aplicativos do ano da Apple. Aqui, ela reuniu os melhores conselhos de carreira para quem quer se inspirar em sua trajetória:
1. Aproveite os obstáculos para crescer. No início da minha carreira, fui alvo de abuso e assédio online. Eu vivia em um estado contínuo de ansiedade e a internet era uma terra de ninguém, perigosa e tóxica. Eu sabia que deveria existir uma maneira melhor: uma internet mais gentil e respeitosa. E que ao resolver esse problema para mim mesma, eu poderia ajudar a tornar o mundo online um espaço mais seguro para outras mulheres. O Bumble – onde o comportamento inadequado não é tolerado e onde as mulheres se sentem empoderadas para dar o primeiro passo – nasceu da minha própria experiência. Exceto por meus amigos mais próximos, poucas pessoas pareciam acreditar que um aplicativo de relacionamentos focado em mulheres era necessário ou poderia ter qualquer sucesso. Muitas vezes fui subestimada. Mas, como resultado, pudemos testar ideias, construir e melhorar o Bumble.
2. Contrate pessoas que complementem você. Quando fundei o app, em 2014, não tínhamos nem escritório. Éramos quatro pessoas trabalhando em um apartamento de dois quartos, onde eu atendia ligações de dentro de uma banheira vazia. À medida que crescemos, aprendi a ser honesta comigo mesma sobre meus pontos fortes e fracos. Eu sou uma profissional de marketing. Eu entendo de marca, mas não sou uma guru do design ou uma especialista em operações. Conforme você constrói seu próprio negócio, procure criar uma equipe diversificada com especialistas em diferentes áreas – seja honesta sobre suas próprias habilidades e limitações.
3. Esqueça as regras. Não segui o caminho tradicional dos empreendedores – nunca aceitei o trabalho de uma consultoria ou frequentei uma faculdade de administração. Meu primeiro emprego não era o emprego dos meus sonhos e me levou a um caminho muito diferente. Minha carreira não se desenrolou tranquilamente, ou como eu esperava. Na verdade, o Bumble nasceu em um momento em que eu não queria ter nenhum contato com aplicativos de relacionamento. Ao longo dos anos, as melhores ideias, oportunidades e até contratações vieram de lugares inesperados. Temos que nos lembrar que as velhas regras do mundo corporativo foram criadas por e para os homens, e devemos fazer as nossas próprias.
4. Não vale a pena sacrificar sua saúde mental. No Bumble, trabalhamos duro – se não o fizéssemos, não poderíamos lançar novas ferramentas, crescer e abrir o capital da empresa. Mas isso não significa que incentivamos uma cultura workaholic. Ninguém deve sacrificar sua saúde mental pelo bem de sua carreira. Se acordo cedo para ler e-mails, arranjo um tempo à tarde para ficar com meus filhos. Durante a pandemia, quando nossa saúde mental foi atingida coletivamente, instituímos duas semanas de folga por ano para toda a empresa, bem como uma política de folga remunerada ilimitada.
5. Faça da gentileza sua marca. Tenho orgulho da cultura do Bumble. Garantimos que nossas ações e decisões no trabalho estejam alinhadas com nossos valores como plataforma, incluindo honestidade, inclusão, responsabilidade e, é claro, gentileza. Vivemos em um mundo que espera muito de nós, então pedir ajuda é fundamental. Mas lembre-se de também oferecer algo em troca – seja seu tempo, seus contatos ou apenas apoio moral. Conquistar é importante, mas como você conquista é tão importante quanto.
