Vivemos em um tempo em que produtos e serviços se tornam rapidamente substituíveis, e o diferencial está nas histórias que criam vínculos emocionais. Nesse cenário, a arte surge não apenas como expressão cultural, mas como um recurso estratégico. Obras de arte não apenas convidam à reflexão, mas também oferecem oportunidades únicas de dialogar com públicos de forma autêntica.
A arte é uma ferramenta que desafia paradigmas, promove inclusão e ressoa profundamente com um público que valoriza marcas com propósito claro. Em um momento em que consumidores buscam autenticidade, a arte de Rosana Paulino, que coleciona obras de destaque dentro e fora do Brasil voltadas à questão do racismo e da mulher negra, oferece um exemplo tangível de como histórias bem contadas podem gerar impacto cultural e mercadológico.
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No universo empresarial, a arte é um recurso estratégico para agregar valor intangível às marcas. Ao incorporar arte em suas estratégias, elas criam experiências que diferenciam campanhas, produtos e serviços. Em um tempo saturado de discursos genéricos, histórias autênticas — contadas por meio da arte — são capazes de gerar fidelidade.
Explorar a arte como ativo cultural significa, para além de apoiar iniciativas culturais, reconhecer seu papel como um conector entre valores e aspirações.
Incorporar artistas e suas perspectivas não é apenas uma escolha ética, mas também um investimento em inovação e relevância.
No final, a pergunta não é apenas “quais artistas você mapeia?”, mas também: “como suas histórias e visões podem redefinir o impacto da sua marca?” A resposta está na valorização do intangível — porque é nele que reside o poder de inspirar, conectar e transformar.
*Adriana Barbosa é diretora executiva da PretaHub e fundadora do Festival Feira Preta, maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina. Foi reconhecida como a primeira mulher negra entre os Inovadores Sociais do Mundo em 2020 pelo Fórum Econômico Mundial e passou a integrar o time de empreendedores sociais da Rede Schwab.
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